A presença dos eSports nas Olimpíadas é um assunto mais debatido do que nunca, especialmente porque os Jogos de 2024, em Paris, cogitam incluir modalidades competitivas de games em seu programa. Entretanto, para o presidente do Comitê Olímpico Internacional, Thomas Bach, jogos violentos estão fora de questão.

"Queremos promover a não-discriminação, a não-violência e a paz entre as pessoas. Isso não combina com os videogames, que são sobre violência, explosões e mortes. Precisamos impor um limite", afirmou Bach ao jornal South China Morning Post.

Para Bach, jogos competitivos que se assemelham aos da vida real, como os de futebol e basquete, poderiam ser considerados. Entretanto, os que tëm violëncia e sangue vão "contra os valores olímpicos". "Se alguém competir no futebol virtualmente, ou jogar outros esportes virtualmente, é de alto interesse. Esperamos que esses jogadores realmente estejam entregando um desempenho de alto rendimento. Se os fãs de eSports jogarem os esportes no mundo real, ficaríamos ainda mais felizes", afirmou.

Sobre a inclusão dos eSports em 2024, Bach também disse que ainda é cedo para tomar qualquer decisão. "As discussões estão em andamento. Vai levar um tempo, pois essa indústria está tomando forma. Ela tem sucesso, mas não está bem estabelecida de uma forma organizacional", disse.

Sobre organização, Bach afirma que uma de suas maiores preocupações está em regulamentos e doping. "Precisamos de alguém garantindo que estes cyber-atletas não estejam dopados, que estejam seguindo regras técnicas, e que respeitem uns aos outros", ressaltou.

A lista de modalidades para os Jogos de 2024 só serão divulgadas após a realização das próximas Olimpíadas, que serão realizadas em 2020, em Tóquio. Tentando atrair um público mais jovem, cinco novas modalidades estreiam nos jogos da capital japonesa - surfe, skate, escalada, caratë e beisebol/softbol.