A FURIA é a grande campeã do IEM New York. Os brasileiros chegam ao seu quarto título durante o período de pandemia após a vitória por 3-1 sobre a 100 Thieves, que estava em clima de despedida. A organização havia anunciado que esse seria o último campeonato dos australianos defendendo as cores da 100T, e os jogadores devem seguir em busca de um time que os acolha no cenário europeu.

Com o resultado, os brasileiros se consolidam no terceiro lugar do RMR norte-americano, com boa distância em relação à Team Liquid, que está em quarto. O ranking é responsável por determinar os times classificados para o próximo Major, e os Panteras se encontram em situação bastante confortável neste momento.

Confira o resumo da partida:

FURIA - 100 Thieves
IEM New York
Mapas: Nuke (FURIA), Inferno (100T), Vertigo (FURIA), Mirage (100T)

Uma Nuke a ser esquecida pelos brasileiros, principalmente no lado Terrorista: o início do jogo era promissor, com uma vitória tranquila no pistol, mas o atropelo da 100 Thieves começou logo depois. Gratisfaction estava imparável, e segurava todos os avanços brasileiros com a agressividade que normalmente vemos no lado do Panteras. Afobada e sem respostas, a FURIA virou para CT com a desvantagem de 13-2.

Uma derrota no pistol e no forçado subsequente indicava que o fim de jogo já estava próximo, mas os Panteras ainda resistiram por sete rounds, até finalmente caírem para uma 100T com somente pistolas. 16-9 para os australianos.

Fortes emoções na Inferno, que viu competitividade altíssima em ambos lados. Vencedora do pistol, a FURIA começou a defesa com solidez, emplacando quatro rounds, mas não encontrou outras boas sequências no CT. Depois de perder um forçado, os brasileiros viram a 100T abusar das rotações e virar o jogo em 8 a 7, com as poucas resistências da FURIA acontecendo em stacks mirabolantes no bomb B.

O bombsite B foi chave também na ofensiva dos Panteras, dominando-o com facilidade e forçando a 100T a colocar mais jogadores para defendê-lo. Ainda assim, o CT australiano estava forte do outro lado do mapa: jks e Liazz dominaram o A, forçando um empate em 14 a 14 nos rounds finais. Felizmente, bons entries de VINI e dois erros fatais de Gratisfaction foram suficientes para os brasileiros fecharem o mapa em 16-14.

A Vertigo foi mais tranquila, com a FURIA impondo seu ritmo no lado Terrorista. As poucas punições da 100T vinham justamente com Gratisfaction, maior destaque dos australianos na série, que conseguia avançar pelo Meio sem muita contestação. Em uma boa leitura de jogo, os comandados de arT passaram justamente a counterar essa jogada, abrindo caminho para um 11-4 na troca de lados.

Vencedora no segundo pistol, a FURIA quase se complicou no forçado quando jkaem conseguiu marotar e levar dois jogadores brasileiros, mas VINI respondeu de maneira frenética, vencendo o clutch 1v2 e defusando a bomba com pouquíssimo tempo. Sólidos na defesa, os Panteras fecharam o mapa rapidamente em 16-4.

O ritmo foi similar na Mirage, com domínio furioso e a 100T encontrando alguns rounds somente em uma sequência de quebra econômica. O caldo quase azedou em um rush B de pistolas dos australianos, mas AZR não conseguiu finalizar o clutch. Embalada e abusando do setup com três AWPs, a FURIA só voltou a ceder um ponto no fim do half, com uma boa entrada da 100T e KSCERATO falhando em vencer o 1v1 contra jks.

O lado Terrorista não começou bem, com a 100T garantindo os quatro primeiros rounds. A resposta brasileira veio em uma execução fake no bomb A que chegou a ter tons cômicos. Completamente enganados, os australianos cederam o ponto e tiveram de economizar no round seguinte, vendo a FURIA chegar ao 14º ponto. A FURIA, entretanto, não conseguiu manter a sequência, perdendo as duas rodadas seguintes.

Ironicamente, foi em um "fake do fake" que a FURIA chegou ao 14º ponto. Depois de avançar no A e bater em retirada, os brasileiros forçaram as rotações da 100T para o B. Os Panteras voltaram para o bomb A, atropelando AZR e jks para chegar ao match point. Em mais um fake, a FURIA atropelou o bomb A e sagrou-se campeã!

O próximo desafio da FURIA é na BLAST Premier Fall Series: o torneio será o primeiro a reunir equipes europeias e norte-americanas desde o início da pandemia, e tem seu início marcado para 26 de outubro.

Graças ao título, a FURIA também se classifica para o IEM Global Challenge, torneio presencial marcado para acontecer na Alemanha entre os dias 15 e 20 de dezembro.