A paiN Gaming surpreendeu ao anunciar, nesta segunda-feira (18), a saída da Liga NFA, a principal competição de emulador de Free Fire do Brasil. A organização, sob o nome de Faz o P, justificou a decisão como resposta à NFA por ter aceitado a inscrição de Rekkon pelos Crias, time do Fluxo na modalidade.

O pro player pertencia à paiN, que afirma ainda não ter finalizado os trâmites jurídicos do contrato rescindido unilateralmente. A equipe também informou que não irá participar da CPN. A próxima edição do torneio criado por Nobru, cofundador do Fluxo, terá início nesta quinta-feira (21).

A Faz o P estava na 12ª colocação do primeiro split da Liga NFA 2022, que tem seis dias de competição. Os Crias, por sua vez, aparecem somente no 15º lugar do campeonato.

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Rekkon atuou pela Faz o P durante um ano e oito meses. Durante esse período, ele conquistou diversos títulos com a equipe. No dia 10 de março deste ano, o jogador anunciou sua saída da organização e fez questão de realizar agradecimentos a partir de uma publicação nas redes sociais. Rekkon foi oficializado como novo reforço dos Crias no dia 5 de abril.

Confira o comunicado da paiN Gaming na íntegra:

“A paiN Gaming informa que, momentaneamente, não vai mais disputar a Liga NFA. A decisão se deu após a liga confirmar o registro do jogador Jonathan “Rekkon” do Nascimento Barros, que pertencia à equipe Faz o P pelo Crias, equipe da organização Fluxo, o que fere as regras do próprio campeonato, já que o atleta rompeu unilateralmente o contrato e ele ainda não foi encerrado como os trâmites jurídicos pedem”.

“A paiN Gaming apenas pede que seja cumprido o que havia sido acordado em regulamento. Sem o estabelecimento de critérios transparentes para esse tipo de situação, a paiN entende que todo o cenário de Free Fire Emulador se encontra em risco. A responsabilidade da NFA, onde está fundamentada a sua credibilidade como instituição, é de definir as normas e assegurar que todas as equipes signatárias as cumpram sem exceções. Sem respeito ao regulamento, em especial por parte da entidade organizadora que deveria ser a primeira a zelar pelo fair play, investimentos na modalidade deixam de fazer sentido. Nesse momento, em que não compartilhamos a mesma visão em relação ao desenvolvimento e profissionalização do cenário de esports no Brasil, a paiN entende que a melhor decisão para preservar seus princípios e valores é, não só a saída da Liga NFA, como também não participar da próxima edição da Copa Nobru, evento organizado pelo jogador e influenciador Nobru, também fundador da organização Fluxo”.

Rekkon se pronunciou sobre o caso pelas redes sociais.

O The Enemy entrou em contato com Fluxo, CPN e Liga NFA. A reportagem está sendo atualizada assim que obtém as respostas.

Confira o comunicado da Liga NFA na íntegra:

A NFA gostaria de esclarecer que opera sua liga com regras estabelecidas e aprovadas por todos times participantes do torneio.

A respeito do caso Rekkon, informamos que o atleta foi inscrito simultaneamente por duas organizações, Faz o P e Crias, uma situação que automaticamente vetava a sua participação no torneio.

Frente a isso, solicitamos a ambas organizações o contrato do atleta, o que foi atendido pelas duas. Neste caso, entramos em contato com o próprio atleta, que apresentou, por meio de seus advogados, o termo de rescisão unilateral do contrato com a Faz o P, mais uma ordem judicial de um Juiz Trabalhista, assegurando que ele poderia participar da Liga NFA pelo time dos Crias.

Sendo assim, a NFA comunicou ambas as equipes informando que seguirá com a decisão judicial recebida, uma vez que a decisão foi proferida por um Juiz do Trabalho.