Apesar do presente ser desanimador, a MIBR foi recebida com bastante otimismo ao anunciar o retorno da tag ao CS:GO. Em 2018, a relação desgastada entre os jogadores e a SK Gaming já era mais do que pública, e a boa sequência de títulos no fim de 2017 mostrava que ainda havia potencial para brigar por títulos.

Em algum momento, entretanto, as coisas desandaram. Desde que a SK passou a vestir a camisa da MIBR, apenas uma taça foi levantada: a da Zotac Cup Masters, que não possuía nenhum grande time do cenário na disputa. Para se ter ideia, a grande final daquele torneio foi contra a Kinguin, e os outros times enfrentados pelos brasileiros foram a Flash Gaming e a MVP PK.

Completando hoje, em 26 de agosto, dois anos sem título, a Made In Brazil já disputou grandes campeonatos com sete elencos diferentes - descontando a participação de swag na BLAST Pro Series, já que a ausência de fer tinha motivos médicos.

Atualmente ocupando a 18ª posição entre as melhores equipes do mundo, de acordo com o HLTV, o elenco de Gabriel “FalleN” também está entre as que mais trocaram de jogadores nos últimos dois anos. No top 20, a MIBR lidera esse quesito, passando perto apenas da BIG, atual líder do ranking, que teve seis mudanças nesse período.

Nesse infográfico, relembramos todas as trocas de line-up da MIBR, juntamente com alguns dos momentos mais importantes na história da equipe. Confira:

 

O futuro da equipe com trk é incerto, mas é curioso observar a mudança de estratégia da equipe em suas contratações. Inicialmente, a MIBR apostava em jogadores já consagrados ou que, no mínimo, tivessem boa experiência na carreira. Stewie e tarik foram campeões de Major; LUCAS1 e kNg, finalistas; TACO e felps dispensam qualquer apresentação.

O argentino meyern foi a primeira grande aposta da equipe em um jogador jovem - algo que não acontecia desde a contratação de coldzera, em épocas de Luminosity. A experiência em alto nível de meyern era próxima de nula, tendo participado apenas de uma ESL Pro League e de uma ECS (onde, inclusive, deu algum trabalho para a Astralis) pela Sharks .

A grande questão é: o período de quase seis meses é o suficiente para que meyern se adaptasse ao cenário de alto nível? O argentino conseguia trocar tiros com tranquilidade no Brasil, mas sofreu com baixos frags e nunca brilhou como fazia antes da mudança para a MIBR, indicando que poderia haver mais espaço para crescimento.

A novidade trk, por sua vez, já está nos Estados Unidos há um tempo, mas a Team One nunca chegou a figurar entre as equipes mais relevantes do cenário internacional; assim, o jogador também pode sofrer um pouco com a transição. Ainda vale citar a saída de zews, que agora é treinador da Evil Geniuses.

De uma forma ou de outra, fica claro que falta paciência para as mudanças na equipe. A MIBR não manteve uma line-up por mais de seis meses desde seu retorno, e acumula três punições por mudança de elenco no ranking que classificará as equipes para o Major do Rio de Janeiro, colocando até mesmo sua vaga no evento em cheque.

O bootcamp na Sérvia após as férias dos jogadores era um bom momento para a retomada; fer chegou a dizer que era o melhor bootcamp da sua vida, mas os resultados ainda não vieram. A campanha no ESL One Cologne foi frustrada após um atropelo da G2 e uma derrota para a FaZe de coldzera. Depois, mais um revés, dessa vez contra a desconhecida Wisla Krakow no torneio Nine to Five.

A MIBR volta a jogar na próxima quinta-feira, contra a HellRaisers, em disputa válida pelo Malta Vibes. Depois do período na Europa, o time voltará aos Estados Unidos para a última etapa do circuito RMR; o IEM New York definirá se os brasileiros conseguirão a improvável vaga no ESL One Rio.