O IEM Rio Major 2022, de Counter-Strike: Global Offensive, terá a Jeunesse Arena como palco, entre 10 e 13 de novembro. Assim como em 2020, desta vez o local não escapou da mira dos fãs, que se perguntam se o espaço está a altura de um Major. Por isso, fizemos a comparação com as demais arenas que receberam as últimas competições deste porte.

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A Jeunesse Arena, localizada na Barra da Tijuca, possui capacidade máxima de 18 mil pessoas. Assim como todas ao redor do mundo, o número pode abaixar um pouco de acordo com a forma como o espaço é aproveitado, o tamanho do palco, ativações e afins.

Foto: Jeunesse Arena/Reprodução

Sabendo disso, vamos checar a capacidade máxima das arenas na Europa e Estados Unidos que já receberam Major:

  • PGL Major Antwerp 2022 - Antwerps Sportpaleis: 23,559 mil pessoas
  • PGL Major Stockholm 2021 - Avicii Arena: 16 mil pessoas
  • StarLadder Berlin Major 2019 - Mercedes-Benz Arena: 17 mil pessoas
  • IEM Katowice Major 2019 - Spodek Arena: 11 mil pessoas
  • FACEIT Major London 2018 - Arena Wembley: 12,5 mil pessoas
  • ELEAGUE Major Boston 2018 - Agganis Arena: 7,2 mil pessoas
  • PGL Major Kraków 2017 - TAURON Arena Kraków: 22 mil pessoas
  • ELEAGUE Major Atlanta 2017 - Fox Theatre: 4,665 mil pessoas
  • ESL One Cologne 2016 - Lanxess-Arena: 18 mil pessoas
  • MLG Major Columbus 2016 - Nationwide Arena: 20 mil pessoas
  • DreamHack Open Cluj⁠-⁠Napoca 2015 - Polyvalent Hall: 4 mil pessoas

Comparado aos últimos 11 Majors de CS:GO, é possível notar que a Jeunesse Arena não é pequena para um Major de CS:GO, assim como não é grande. Durante todos os anos, um padrão foi mantido e no Brasil não será diferente.

Opinião

Existem na própria cidade, locais ainda maiores que poderiam abrigar um Major, como estádios de futebol. O Engenhão, com capacidade de quase 47 mil pessoas, ou o Maracanã, com mais de 78 mil, são exemplos disso. Além de estádios de futebol, ambos já receberam outros tipos de eventos como shows e etc. O problema não está no país e tampouco na cidade, mas sim na escolha da Valve de manter um padrão.

Como esta é a primeira vez que um Major vem para a América do Sul, mais especificamente para o Brasil, seria sonhar muito esperar que de cara a empresa arriscasse a sediar o campeonato em um local com o dobro, triplo ou mais de capacidade de literalmente todos os eventos de CS:GO já realizados na história.

É bom também levarmos como exemplo outras oportunidades, como a BLAST Pro Series São Paulo, no Ginásio Ibirapuera, em São Paulo, e a ESL One Belo Horizonte, no Mineirinho, em Minas Gerais. Quando brasileiros estavam jogando, tudo ficava lotado e o barulho era ensurdecedor, de uma forma positiva. No entanto, quando não tinham brasileiros - com exceção da grande final - haviam momentos em que os locais ficavam desertos… Se em arenas menores isso já preocupa, imagina em um lugar que cabem 50 mil pessoas, por exemplo.

Nada disso impede, no entanto, que no futuro - até mesmo próximo - o CS:GO cresça ainda mais. E que ele se popularize no Brasil, a ponto de um estádio de futebol ser requisitado para um Major. Porém, em momentos de "primeira viagem", ou até mesmo "teste", eu diria, algo assim parece inviável.

O desejo que fica aqui é para que este não seja apenas um evento pontual, como foram todos os outros. O Brasil precisa se apresentar de vez como uma rota comum do Counter-Strike mundial e que mais Majors e outras grandes competições com times internacionais sejam rotina por aqui, algumas boas vezes por ano e não só uma.

Ao mesmo tempo, temos um vasto território e ele pode sim ser muito bem aproveitado. São Paulo e Minas receberam competições de nível mundial, o Rio receberá o major e o norte, nordeste, sul, centro e afins também aguardam ansiosamente por suas oportunidades. Deixando o "bairrismo" de lado, somos Brasil e o Brasil é um só. Tenho certeza que em qualquer canto deste país a torcida daria o mesmo show que encanta o planeta e ninguém consegue fazer igual.