Depois de um início de ano conturbado, o MIBR se reencontrou com novos talentos. LUCAS1, velho conhecido, se juntou ao time de kNg e trk, que também convidaram os jovens leo_drk e v$m para compor um elenco temporário, que se manteria apenas até o fim de 2020.

O resultado foi surpreendente. O MIBR trocou tiro no mesmo nível de equipes como Astralis e G2, buscando vitórias improváveis e arrancando mapas dos melhores times do mundo.

Com apoio da Betway, uma das patrocinadoras do MIBR, conversamos com cogu e kNG, técnico e capitão dessa nova e promissora line-up. Ambos mencionam o clima de parceria e irmandade que dominou o elenco, e garantem que 2021 será ainda maior.

Confira as principais respostas:

The Enemy: Os três novos jogadores vieram do cenário brasileiro, mas não mostraram muito problema ao jogar contra alguns dos melhores times do mundo. Você acredita que isso é característica desses players específicos ou que há outros com esse mesmo potencial no Brasil?

cogu: “Eu acho que o Brasil tem jogadores, vai muito de como a equipe monta, de como você organiza os players, o quanto você deixa cada jogador confortável fazendo cada função. A gente deixou sempre todo mundo muito confortável. Não foi aquela de coisa de ‘você vai ter que fazer isso, se você não fizer, você fez errado, então é desse jeito’”

kNg: “Tipo ditadura, né?

cogu: “Isso não rolou nada. Não funciona, a gente aqui é tudo parceiro. Uma coisa que a gente fez, que deu muito certo: antes da gente montar esse time e começar a treinar, a gente passou um período lá na casa do kN, lá em São Paulo. A gente não ficava jogando tanto, mas a gente pegou esse tempo pra se conhecer, pra trocar mais ideia, pra criar uma amizade fora do jogo antes de chegar no server. Desde o começo desse time a gente deu muita sorte

The Enemy: Nós vimos muito conteúdo sendo gravado e postado nas redes sociais, engajamentos com times e jogadores estrangeiros. Isso é parte de uma nova estratégia para ganhar a confiança da audiência mais uma vez?

kNg: “Eu acho que era um plano, até porque no antigo MIBR a gente se afastou um pouco da torcida. Isso ficou um pouco evidente no final, quando acabou o time. A gente já conversava que a gente precisava estar mais perto do público, e juntou o útil ao agradável.

Acho que precisa mostrar pro público, também, um pouco de como é a nossa vida, não só o que o público consegue ver por uma webcam de um jogo. Acho que foi importante mostrar os bastidores, as conversas, e ainda vai sair muito vídeo foda, muito material muito foda a vir por aí. A gente quis aproximar o MIBR do público porque a gente sabe que o público é uma parte muito grande, e é uma parte que ajuda bastante também.

Se o público tiver com você, se você receber muito mais mensagens de apoio, que te fazem crescer, te fazem acreditar mais que a parada vai dar certo. Isso é uma parada que o cogu trouxe muito pra nós, então tenho que agradecer a lenda aqui. Foi um cara que juntou muito o público a nós, e principalmente o MIBR também, porque ele foi uma lenda do CS, uma lenda do MIBR

The Enemy: Podem fazer um apanhado de como foi 2020 para vocês?

kNg: “Eu falo que pro mundo todo não foi um ano fácil. O mundo parou e foi um ano difícil, falo por mim. Tô no MIBR faz mais de um ano e esse processo foi difícil, a gente não conseguiu conquistar resultados com a line antiga e foi meio que doloroso por N fatores. Mas o final do ano foi maravilhoso. Toda a cruz que tava carregando antes foi recompensada. O ano, mesmo não ganhando um título, fechou com chave de ouro. Eu acho que a gente tinha a oportunidade de ser campeão, principalmente da Flashpoint, mas mesmo não sendo campeão fechou com chave de ouro porque sei que agora a gente tem um projeto pro ano que vem, e eu tenho certeza que ano que vem vai ser nosso ano

cogu: “Foi um ano muito difícil, mas ao mesmo tempo eu tive muitas conquistas

kNg: “Nossas filhas, né, parceiro?

cogu: “Tem as nossas filhas, esse ano eu comecei streamando, comecei bem, na pegada. Eu tava me redescobrindo e foi, como o kN falou, eu tô fechando esse ano com chave de ouro. Claro que queria muito ter ganho, mas conquistas pessoais, de conseguir construir um time. Conseguimos alguns resultados que nenhum brasileiro acreditava.

A gente foi jogar contra o OG, e eu não costumo fazer isso, mas eu fui na postagem do MIBR e fui ver o que que o pessoal tava falando nas mensagens. Muita gente falando 'Vamo lá', e outro falando 'Vou assistir mesmo sabendo que a gente vai perder'. Todo mundo tá acompanhando, mas os caras não tavam botando muita fé. Agora, é isso que a gente tá trazendo de volta. A gente tá resgatando a vontade do brasileiro de torcer pro MIBR

kNg: “O brasileiro é sofredor. Ele vê a garra que a gente tá tendo, porque aqui é o nosso sonho. Quando você vê a gente gritando, pulando, por causa de uma vitória, o brasileiro se identifica com isso

O que eu recebi de mensagem falando 'kN, vocês reacenderam nossa vontade de assistir CS’. Eu recebi aproximadamente duas milhões de mensagens dessas, e isso é uma parada que deixa a gente muito orgulhoso