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YouTube desmonetiza vídeos com conteúdo antivacinação

Vídeos antivacinação continham anúncios de empresas relacionadas ao próprio setor de saúde

Por Rafael Romer 25.02.2019 12H21

Como parte de suas iniciativas para coibir a distribuição de conteúdo "perigoso e prejudicial" na plataforma, o YouTube começou a desmonetizar vídeos que promovem ideais antivacinação.

A ação foi tomada após uma reportagem do BuzzFeed News revelar que a monetização destes vídeos incluía anúncios veiculados por empresas da própria indústria médica e farmacêutica – em violação às políticas de anúncios do próprio YouTube.

Após a veiculação da reportagem, uma série de anunciantes decidiram pela remoção de seus anúncios da plataforma.

Em um posicionamento enviado à publicação, o YouTube reforçou que tem "políticas rigorosas" para permitir ou não a exibição de anúncios em vídeos e que conteúdos antivacinação "são uma violação dessas políticas".

"Aplicamos vigorosamente essas políticas e, se encontrarmos um vídeo que as viole, imediatamente agimos e removemos anúncios", indicou um porta-voz do YouTube ao BuzzFeed.

Ainda segundo a publicação, enquanto o sistema de buscas do YouTube prioriza vídeos de fontes confiáveis sobre o tema vacinação, como de canais ligados à hospitais e outras instituições do setor de saúde, o algoritmo de vídeos recomendados frequentemente tende a sugerir conteúdos antivacinação aos usuários.

Além da desmonetização, o YouTube introduziu um novo painel de informações nestes vídeos que leva o usuário para uma página da Wikipédia sobre "hesitação vacinal", tema citado pela Organização Mundial da Saúde como uma das dez maiores ameaças à saúde global neste ano.