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China planeja colocar quatro "luas artificiais" em órbita até 2022

Os satélites irão ajudar a iluminar a cidade de Chengdu, no sudoeste do país

Por Breno Deolindo 23.10.2018 16H46

De acordo com a AFP, o governo chinês está planejando o lançamento de quatro novas "luas" para o espaço, com o objetivo de melhorar a iluminação noturna na terra e economizar energia elétrica.

Os satélites artificiais teriam estrutura composta por espelhos, e refletiriam a luz do sol tal qual uma lua comum. A intenção é iluminar a cidade de Chengdu, no sudoeste da China, atingindo aproximadamente 14 milhões de pessoas e reduzindo gastos públicos com a região em até R$ 640 milhões.

Mais próximo da Terra, o objeto iluminará até oito vezes mais do que o satélite natural. A Lua fica a 380 mil quilômetros de distância do planeta, enquanto a "lua artificial" ficará a 500km.

O governo chinês pretende realizar o primeiro teste até 2020, e caso os resultados sejam positivos, outras três "luas" deverão ser colocadas em órbita até 2022.

Para evitar problemas de poluição visual, o satélite será testado em um deserto, e redirecionado para a cidade em caso de sucesso.

Algumas pessoas questionaram se os animais selvagens não poderiam ser afetados pela mudança, mas Kang Weimin, diretor do departamento de Óptica do Harbin Institute of Technology afastou as preocupações, afirmando que a luz gerada será similar a do crepúsculo.

A China não é a primeira a tentar reaproveitar a luz solar. No período de Guerra Fria, a Rússia chegou a criar um projeto parecido, chamado de Znamya, mas ele não saiu do papel.