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Tales of Arise: Uma história sobre a luta por liberdade

Jogamos todo o primeiro capítulo do jogo da Bandai Namco

Por Diego Lima 10.08.2021 11H51

O mundo de Tales of Arise está dividido. Escravizados pelo povo Renan, os Dahnan perderam completamente qualquer esperança de que um dia se libertariam dos opressores estrangeiros. No entanto, um misterioso homem com uma máscara de ferro pode reacender a chama da rebelião. Junto dele, uma aparente traidora dos Renan está disposta a matar todos os governadores que dividiram o território dos Dahnan (os chefões do jogo, ao que tudo indica), mas não exatamente por sentir uma simpatia especial pelos oprimidos.

Recentemente, o The Enemy teve acesso ao início de Tales of Arise por meio da Bandai Namco. Bastante focada em mostrar o que está em jogo, a introdução do game não tem medo de investir alguns bons minutos em diálogos e cenas cinematográficas sobre aquela realidade. Somente após o jogador se sentir situado naquele universo que o título passa a permitir maior liberdade, mas tudo com calma e coerência. Aliás, é fundamental destacar o seguinte: entre as cenas em computação gráfica e a jogabilidade em si, existem cenas em anime. Sim! Animações no estilo japonês que já conhecemos há tanto tempo. E se você acha que tem risco de ser uma coisa sem graça, relaxa. Está longe de ser o caso. Esses momentos são verdadeiros prêmios pelo progresso realizado.

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Shionne e o homem da máscara de ferro, que com certeza é o já conhecido Alphen, são os personagens que lideram todo o trecho ao qual tivemos acesso (e, conforme revelado em materiais de divulgação, serão os protagonistas da história). É curioso como as habilidades de ambos se complementam: ele é incapaz de sentir dor e ela causa dor a qualquer pessoa que toca. Será quem vem um romance aí?

Seja o caso qual for, é fato que a existência dessa relação será extremamente importante para a história e, nitidamente, o desenvolvimento é promissor. Os dois são opostos em personalidade, praticamente. Ela é fria e finge não se preocupar com as pessoas, mas possui muita bondade dentro de si. Ele não esconde o que sente e está sempre disposto a aprender com os demais. A dualidade não chega a ser rara, já que esses arquétipos estão em praticamente tosos os animes, mas veremos como funcionará na prática. Pelo que pudemos ver, eles funcionarão muito bem juntos.

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Tão importante quanto a sintonia em termos de narrativa é a colaboração nos combates entre os personagens. Em um teste anterior, o The Enemy chegou a jogar Tales of Arise com um grupo muito maior de personagens à disposição e a colaboração entre eles era extremamente dinâmica. Basta apertar uma das setas para fazer com que um aliado realize uma ação específica e ajude a causar dano a um inimigo, por exemplo, e essa função não demora muito para carregar após ser usada. Ou seja, quanto mais pessoas na party, mais você pode alternar entre personagens (é possível controlar todos diretamente) e criar combos contando com a colaboração de todo o mundo.

Jogar com apenas dois personagens gerou uma certa estranheza. Como você já deve imaginar, o jogo se torna um pouco mais difícil quando há apenas dois personagens à disposição. Mesmo assim, se você souber com qual personagem consegue jogar melhor, conseguirá dar um jeito. Para os que preferem estar sempre longe dos oponentes (meu caso), Shionne é simplesmente perfeita. Imagine sobreviver a três combates sem poder tomar um golpe sequer e conseguir! Sério, coração quase explodiu.

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Para curar a saúde dos personagens, é fundamental ter itens ou usar magia branca. Para causar dano, temos magia negra e ataques físicos. De certa forma, Tales of Arise segue os moldes que já conhecemos de outros RPGs de ação, mas com habilidades sensacionais e muito dinamismo. Inclusive, embora as habilidades dessa demo fossem mais limitadas, as da outra eram extremamente variadas.

Se, por um lado, o aspecto estratégico e a variedade impressionam, a exploração poderia ser mais fluída — o que não muda, é claro, a beleza desse mundo 3D mesclado com a clássica estética de anime da Bandai Namco. É difícil se acostumar, por exemplo, com cenas de transição antes das batalhas, quando os personagens entram em contato com um monstro. Parece um conceito antigo, sabe? Ao mesmo tempo, podemos encontrar algumas justificativas.

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Talvez não tenha sido possível alinhar a quantidade imensa de habilidades e estratégias (sério, é muita coisa) com maior fluidez na exploração. O mesmo vale para o fato de que, embora a party seja composta por seis pessoas, vemos apenas uma quando estamos explorando (as demais aparecem apenas no combate).

Aliás, o mapa é dividido por uma série de microrregiões, no maior estilo Final Fatasy XII. Em vez de ser tudo um mundo aberto contínuo, há potos de divisão com um pequeno tempo de carregamento entre eles. Novamente, talvez tenha sido uma forma de simplificar o que existe entre as lutas para que os combates em si sejam incríveis, mas está longe de ser algo tão prejudicial.

Tales of Arise será lançado em 10 de setembro para PS5, Xbox Series, PS4, Xbox One e PC.