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Riot é alvo de novas acusações por comportamento impróprio de executivos

Nova reportagem publicada nesta quarta-feira (13) indica que poucas mudanças aconteceram na Riot no último mês

Por Equipe The Enemy 13.09.2018 17H05

Pouco mais de um mês após o site Kotaku ter exposto denúncias de antigas funcionárias da Riot Games sobre o ambiente sexista da desenvolvedora, novas acusações contra a empresa vêm à tona em uma nova reportagem da publicação.

Em uma nova rodada de entrevistas com funcionários da companhia, o Kotaku indica que pouca coisa mudou dentro da produtora de League of Legends desde a primeira reportagem.

Desde vez, o texto traz denúncias de múltiplas fontes anônimas contra o diretor de operações da Riot Games, Scott Gelb, acusado de "tocar funcionários homens nas genitais" e de "'soltar puns' próximo ou em funcionários homens".

As fontes indicam ainda que o comportamento impróprio de Gelb era notório na empresa. “Todo mundo sabia quem fazia isso. Algumas pessoas achavam engraçado. Alguns de nós olhavam e pensavam: 'Uh, é mesmo assim que você quer fazer isso?' Mas ele foi promovido. Era sabido que ele fazia isso e ninguém parou", indicou uma das fontes. Gelb continua no quadro de funcionários da Riot.

Quatro fontes também denunciam à publicação outro funcionário em uma posição de liderança que tem um histórico notório de fazer comentários sexuais na presença de colegas de trabalho – outra ex-funcionária também o acusa de tê-la assediado fora do ambiente de trabalho.

Esse gerente é acusado ainda de tentar "esmagar" as carreiras de funcionárias da empresa quando elas começam a se destacar na Riot. Ainda segundo a publicação, o funcionário permanece na empresa.

Também no texto, dois atuais funcionários se dizem "chocados" com o fato de que líderes da empresa que foram acusados anteriormente continuam em seus cargos.

"Em uma empresa normal, você veria pessoas sendo suspensas enquanto as investigações acontecem", disse um funcionário atual. "Você esperaria ver mais pessoas renunciando e assumindo total responsabilidade. Parece haver um subtexto que a liderança gostaria de permanecer no comando. Há uma suposição de que, mesmo que sejam eles que criaram essa bagunça, eles deveriam de alguma forma ficar por perto e limpá-la".

Em um comunicado enviado à publicação, a empresa indicou que as investigações exigem tempo, mas que acredita que o processo irá levar às conclusões certas.

"Para garantir que nossas investigações gerem resultados justos, devemos ser consistentes e abrangentes em todos os casos, inclusive fazendo uma avaliação completa e imparcial de todas as evidências disponíveis. Isso leva tempo e precisa seguir um processo", justificou a empresa.