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Todo dia um game: confira sugestões de jogos para passar a quarentena

Redação do The Enemy lista alguns jogos especiais para o período de distanciamento social

Por Equipe The Enemy 30.04.2020 19H24

Nos últimos dias, The Enemy montou um verdadeiro guia para quem quiser viver ao menos um pouco mais de entretenimento e conforto durante o período de quarentena contra o coronavírus COVID-19.

Você, inclusive, pode conferir tudo logo abaixo:

Ainda assim, o site é composto por um grupo de pessoas com os mais variados gostos e interesses no mundo dos games, que às vezes não se encaixam em um único tema - mas que podem ser uma boa pedida para quem deve ficar em casa pelos próximos tempos.

Por isso, a cada dia o The Enemy atualizará esta lista com uma nova opção de jogo para a quarentena, de jogos grandes a pequenos, de lançamentos de primeira linha até títulos independentes e especiais, com experiências para uma ou várias pessoas, que ajudem com o isolamento.

Confira abaixo:

DIA 1: The Witcher 3: Wild Hunt

Tem mais de 100 horas livres, e quer gastar em uma experiência mais narrativa e complexa? Não existem muitas opções melhores do que o jogo que transformou a CD Projekt RED em um dos maiores estúdios de games do planeta.

Expandindo e melhorando as ideias de seus predecessores em essencialmente todas as formas, The Witcher 3: Wild Hunt é grande, repleto de mistérios a serem descobertos e histórias a serem contadas, e quase todas merecem atenção por parte do jogador.

No papel de Geralt de Rívia, a jornada do game o leva para as mais diferentes direções e a conhecer as mais diferentes pessoas, cujos problemas - em maior ou menor escala - enriquecem e dão um tom especial ao mundo.

Seja tentando salvar o planeta da destruição certa, encontrar sua filha adotiva, lidar com os diferentes lados terríveis de uma guerra de aniquilação, jogar Gwent ou simplesmente livrar a comunidade de uma criatura que os assola, The Witcher 3 brilha ao dar peso e impacto a estas narrativas, e como muitas vezes elas não seguem caminhos óbvios, e o jogador precisa estar atento para isso.

A CD Projekt RED também criou um mundo que reforça exploração, de armas e equipamentos até missões e descobertas especiais espalhadas pelos seus diferentes continentes e regiões.

É um feito e tanto quando as duas expansões de Witcher 3 tem um conteúdo maior e mais bem concebido do que muitos títulos completos por aí.

Há certas barreiras a serem superadas, dos controles (selecione a movimentação alternativa assim que puder) aos diferentes aspectos do combate.

Mas em geral, para quem quiser uma saga longa e de qualidade - e, por acaso, já tiver assistido à série da Netflix -, The Witcher 3 merece uma olhada.

- Victor Ferreira

Disponível para:

CD Projekt RED/Divulgação

Pokémon GO

O game mobile teve seu pico de sucesso no lançamento em 2016, mas conseguiu fidelizar um grande público trazendo boas atualizações e novos conteúdos: Raids, batalhas entre treinadores e contra a Equipe Rocket, e pesquisas semanais estão entre os recursos que foram adicionados ao game.

Mesmo durante a quarentena, o jogo tem se adaptado para não ficar de escanteio. A Liga de Batalha GO é um ótimo ambiente para testar suas habilidades de treinador, e também há a possibilidade de lutar em Raids à distância.

Além disso, mecânicas que normalmente requerem caminhadas, como rodar Poké Paradas e ganhar presentes, foram modificadas para ajudar os treinadores que não podem sair de casa.

Disponível para:

DIA 2: Stardew Valley

Em momentos de tensão, incerteza e isolamento social, Stardew Valley é um excelente refúgio.

Na pele de um cansado trabalhador que decide mudar radicalmente de vida após abrir a carta de seu falecido avô, você assume um terreno abandonado na simpática cidadezinha do Vale do Orvalho, com o objetivo de viver da terra. A partir daí, a decisão é sua: cultive, cuide de animais, pesque, interaja com os outros habitantes do local, e mais.

Inspirado no clássico Harvest Moon, essa pérola indie é fruto do esforço de um único desenvolvedor. O americano Eric Barone começou a produzir o jogo em 2011, após se formar na faculdade, por sua paixão pelo gênero, e por não ver mais games de "fazendinha" sendo lançados.

Barone se empolgou tanto com a produção do jogo que foi adicionando novos elementos e, no processo, tudo levou cinco anos para ficar pronto. Mas a espera valeu a pena: Stardew Valley é daqueles jogos que parecem simples, mas escondem uma tonelada de segredos e conteúdo.

Comecei a me aventurar no Vale do Orvalho no início da quarentena e, várias horas de jogo depois, continuo aprendendo novas coisas e descobrindo novas possibilidades, que vão de técnicas de cultivo a encontros com entidades sobrenaturais em cavernas com centenas de andares subterrâneos.

Se a sua quarentena pede um pouco de escapismo good vibes, Stardew Valley é a experiência certa para ser feliz.

- Bruno Silva

Disponível para:

Chucklefish Games/Divulgação

DIA 3: FTL: Faster Than Light

Sou grande do universo de ficção científica de Star Trek, com seu misto de combates espaciais, diplomacia e alienígenas dos mais diferentes tipos.

Em especial, aprecio os momentos de tensão e estratégia que envolvem toda a missão de pilotar a nave estelar Enterprise para explorar novos mundos, pesquisar novas formas de vida e civilizações - e poucos jogos transmitem pra mim isso forma tão eficiente e simples quanto FTL: Faster Than Light.

No comando de uma nave em fuga, o objetivo é levar informações vitais para uma frota de naves aliadas. Lançado em 2012, FTL ajudou a popularizar o gênero roguelike ao oferecer partidas que sempre mudam e se renovam, oferecendo desafios variados.

Confesso que sinto também algo de reconfortante e profundo no sentimento de solidão que o game transmite. Você nunca sabe exatamente em que confusão vai se meter ao viajar para o próximo ponto do mapa. Situações complicadas podem trazer benefícios, como equipamentos melhores e novos tripulantes. Episódios aparentemente tranquilos podem se converter em grandes tragédias.

Porém, o capitão da nave sempre tem o momento que quiser para ponderar, seja responder uma mensagem de socorro ou decidir se destrói a nave de piratas que está te atacando.

Em tempo, por se tratar de um jogo antigo já dá pra achar ele em plataformas digitais a preços camaradas e até já foi dado de graça na Epic Game Store - ah, e tem versão para iOS também.

- Claudio Prandoni

Disponível para:

Subset Games/Divulgação

DIA 4: Sid Meier's Civilization VI

"Só mais um turno", é o que você vai dizer a si mesmo inúmeras vezes na tentativa – quase sempre frustrada – de se convencer a desligar o jogo e retomar sua partida mais tarde. E, enquanto repete esse mantra, continuará acumulando horas e horas de diversão em Civilization VI, mais recente título de uma das mais populares séries de estratégia da história.

Ainda que muitos prefiram Civilization V ou outros títulos mais antigos da franquia, Civilization VI está entre os melhores e mais acessíveis exemplos do que o gênero 4X tem para oferecer – incluindo uma trilha sonora inspiradora.

No comando de líderes históricos como Cleópatra, Teddy Roosevelt, Montezuma e Pedro II (sím!), você deve guiar o desenvolvimento científico, cultural, econômico, religioso, diplomático e militar de sua civilização desde a pré-história até a era das explorações espaciais, tudo enquanto garante sua supremacia frente aos adversários.

Com centenas de diferentes tecnologias, construções, monumentos, unidades militares e decisões para tomar, Civilization VI pode parecer um pouco assustador para iniciantes do gênero, mas as peças do quebra-cabeça logo começam a fazer sentido. Então, você estará pronto para resistir ao teste do tempo – e aí, quem sabe, partir para o multiplayer online.

No mais, Sean Bean empresta sua icônica voz para narrar elementos de jogo e Mahatma Gandhi é o maior fã de bombas atômicas dentre todos os líderes disponíveis. Está esperando o que para começar? 

- Rafael Romer

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Divulgação/Firaxis Games

DIA 5: Neko Atsume

Mais fácil do que respirar, mais relaxante do que massagem e mais fofo do que... Vídeos de gatinhos? O porém é que Neko Atsume é justamente sobre gatinhos!

Este game mobile é extremamente simples de jogar: você precisa comprar móveis, comidas, brinquedos e bugigangas em geral para atrair diferentes gatos para seu quintal.

Quando eles aparecem, o jogador deve registrá-lo com uma foto, independente da atividade que o gato estiver fazendo no momento. É quase como um jogo de "colecionar gatinhos".

Cada um deles, por sinal, possui uma personalidade própria e alguns são extremamente raros de aparecer, exigindo que o jogador tome algumas medidas para aumentar a porcentagem de aparição do animalzinho.

Existem ainda diferentes cenários para o jardins que, obviamente, exigem mais dinheiro para ser adquirido, o que torna toda a experiência de Neko Atsume ainda mais completa.

Por muitos meses seguidos eu me dediquei a Neko Atsume, jogando-o diariamente até completar a primeira leva de gatinhos. Então, o jogo foi atualizado com novos animaizinhos e objetos para comprar e, bem... Novamente me aventurei em completar a coleção.

É bastante satisfatório completar o álbum dos gatinhos, coletando todos os que aparecem, incluindo os mais raros.

Entretanto, o segredo de Neko Atsume é justamente ele ser um jogo tão simples. Todas as vezes que eu abria o aplicativo para conferir meu jardim, ficava brincando e registrando novas fotos dos animaizinhos e mal notava o tempo passar.

Um game extramente relaxante e divertido.

- Jessica Pinheiro

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Hit Point Co. Ltd./Divulgação

DIA 6: Rocket League

Talvez o maior caso de sucesso entre os jogos de brinde da PlayStation Plus, Rocket League conquista por ter uma premissa simples, mas que pode atingir níveis incríveis de complexidade e plasticidade.

A proposta, em poucas palavras, é literalmente futebol com carros. Organizados em times, os veículos tentam conduzir uma bola gigantesca ao gol.

Misture isso com andar pelas paredes e boosts de velocidade que permitem que seu carro saia voando, e você tem um game que permite as jogadas mais bizarras e incríveis que sua cabeça imaginar.

À primeira jogada, Rocket League pode parecer bastante difícil - e de fato é. Sua curva de aprendizado é bastante longa, mas a sensação de marcar seu primeiro gol não deixa de ser muito prazerosa.

Repleto de cosméticos e toda a ambientação que um game online pode oferecer, o game ainda ganhou um charme a mais ao abolir completamente as loot boxes - méritos da Epic Games nesse aspecto.

Rocket League é provavelmente o game com que mais gastei horas no PlayStation 4, e certamente você irá se divertir bastante com ele.

Breno Deolindo

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Psyonix/Divulgação

DIA 7: Warframe

O mundo dos ninjas espaciais de Warframe é mais do que apenas bonito em fotos; de todos os jogos free-to-play do início da geração, o misto de RPG e ação da Digital Extremes é o que mais evoluiu nos últimos anos.

O que antes era uma coleção de cenários feitos apenas por corredores e cenas repetitivas de combate, hoje é praticamente um MMORPG completo com cenários de mundo aberto, inúmeros modos de jogo e classes diferentes de personagens.

E o jogo é bom mesmo em um nível muito básico: saltar por aí em alta velocidade enquanto fatia inimigos com uma katana espacial mágica é uma experiência imediatamente divertida.

Warframe ainda tem o trunfo da versatilidade: o game está presente no PC e nos consoles, e roda de maneira impressionante até mesmo no menos poderoso Nintendo Switch.

É uma opção excelente para quem quer despejar dezenas de horas em um único jogo neste período de quarentena.

- Pedro Henrique Lutti Lippe

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Divulgação/Digital Extremes

DIA 8: Control

Entre os vários títulos fantásticos que 2019 ofereceu, Control conseguiu um lugar especial no meu coração — além de me dar a oportunidade de jogar uma das missões mais incríveis que já joguei em um game (você vai saber quando chegar lá).

Já considerado um dos melhores jogos da Remedy — senão o melhor —, Control mistura tiro em terceira pessoa com combate usando poderes telecinéticos e bastante exploração. Você controla Jesse Faden que, após procurar por anos pelo seu irmão, aparentemente raptado pelo governo, entra em um prédio que desafia as lógicas da física.

A Casa Antiga é o edifício onde fica instalada a agência FBC, especializada em eventos... estranhos, causados por interferência de forças vindas de outra dimensão.

Ali, Jesse acaba ganhando poderes para mover objetos, controlar mentes e até voar, sem contar a posse de uma pistola conectada ao plano astral que se transmuta em outras armas de fogo.

No gameplay é possível desbloquear novas formas da arma, assim como habilidades ativas e passivas de Jesse (poderes e resistências). E o mapa da Casa Antiga é aberto para navegação e oferece várias missões paralelas.

Control, apesar de ser claramente influenciado Twin Peaks, Arquivo X, filmes de Stanley Kubrick e obras do gênero New Weird, traz uma sensação de frescor e originalidade para a biblioteca dessa geração. 

É verdade que o game, justamente por ser incrivelmente bonito, sofre para ter um bom desempenho em algumas plataformas. Porém, jogando um semestre após seu lançamento, as atualizações já melhoraram parte do problema.

Em minha experiência com o PS4 padrão foram apenas quatro ou cinco vezes ao longo de toda a campanha que a taxa de quadros tornou o combate injogável — espaços grandes, com dezenas de inimigos e pedaços de cenário voando pelos ares.

Foram prometidas duas grandes expansões pós-lançamento. A primeira, “The Foundation”, já está está disponível no PS4 (onde o game está em promoção pela PS Store enquanto esse texto é publicado) e é bom epílogo para a campanha. A segunda, “AWE”, vai conectar Control a Alan Wake, outra franquia amada da Remedy. 

Se nessa quarentena você sente que precisa de uma boa história, gameplay TPS diferenciado, uma certa dose de desafio e muita loucura, talvez Control seja uma boa opção. Pelo menos foi pra mim.

- Guilherme Dias

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Divulgação/Remedy

DIA 9: Session

Para quem ama esportes, seja os mais tradicionais como futebol e basquete, até os radicais como skate e surf, a quarentena é algo que muda totalmente sua forma de entretenimento. Por isso, a minha indicação fica para Session, o game de skate que simula facilmente o seu rolê pela cidade!

Com mecânicas não só claramente inspiradas em Skate 3 como adaptadas de maneira correta, o jogo é prazeroso de acertar as manobras e, principalmente, pela dificuldade, te colocando nas ruas novamente após seus vários erros até que, finalmente, você consegue acertar o que planejava fazer.

Para melhorar, no último mês Session recebeu diversas atualizações, com direito a novos spots e novas tricks. E por onde passa, você se sente no meio da cidade, com músicas que encaixam perfeitamente com o jogo.

Tudo isso faz com que a sua sessão de skate seja quase uma terapia durante este momento difícil que passamos.

No fim, Session é uma ótima opção para quem sente falta do asfalto e para amantes do esporte!

- Angelo Sarmiento

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crea-ture Studios Inc./Divulgação

DIA 10: Devil Daggers

Viu a minha recomendação do Dia 1? Devil Daggers é, diria, essencialmente uma antítese conceitual para The Witcher 3: Wild Hunt.

Enquanto The Witcher 3 é largo e expansivo, Devil Daggers tem um espaço limitado; se o primeiro tem uma história envolvente e cheia de reviravoltas, o segundo não tem absolutamente nada; se um tem gráficos realistas e naturais até hoje, o outro tem uma clara inspiração em clássicos do início dos anos 1990, em particular Doom e Quake.

E a jogatina de Devil Daggers também pode levar horas, mas basicamente repetindo o mesmo loop de novo e de novo e de novo.

E de novo.

No game, você deve eliminar o maior número de inimigos possível antes de ser atingido, e isso é muito mais difícil do que parece. Mas a cada fracasso, você sente que pode fazer melhor, e o ciclo recomeça.

É uma das experiências mais rápidas (tanto em termos de velocidade quanto duração) e frenético que já joguei, e requer toda a sua atenção para avançar o máximo possível antes de, inevitavelmente, ser derrubado.

Além de tudo? Ele é extremamente barato, saindo por R$ 10 - e, provavelmente, rodando em qualquer computador feito desde (no mínimo) 2010.

- Victor Ferreira

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Sorath/Divulgação

DIA 11: Crusader Kings II

Seus jogos acabam rápido? Precisa de mais horas de campanha para combater a quarentena? Seus problemas acabaram!

Em Crusader Kings II, você controla um membro de uma dinastia a sua escolha. Pode ser um jarl viking no ano 800 pronto para invadir a Inglaterra, ou talvez um rei xiita no oriente médio batalhando pelo controle de Jerusalém. Iniciar guerras santas como o imperador do Sacro Império Romano, ou esperar para invadir a europa com os mongóis comandados por Genghis Khan

A mecânica do jogo é similar a um jogo de tabuleiro. Você possui os seus territórios e exércitos, e os ordena seguindo uma hierarquia feudal, com reis, duques, condes e barões, que respondem a você e seguem suas ordens - mas também podem se revoltar ou não pagar impostos se você não mantiver um bom relacionamento com eles.

E relacionamento é tudo neste jogo, porque você controla um membro de uma dinastia no decorrer da vida deles, e assim que ele morre, você passa a controlar o herdeiro com base nas suas leis de herança (sim, você pode mudar diversas leis do seu reino).
 
Com muita personalização de personagens, decisões e ações que o seu personagem pode tomar dependem do seu nível de Diplomacia, Marcial, Administração, Intriga e Aprendizado, e muitas outras coisas podem influenciar o seu nível em cada uma.
 
Controlar gerações, iniciar guerras santas, expandir o seu território, assassinar inimigos e opositores, entrar em uma seita secreta... Há muitas coisas pra fazer no Crusader Kings II, e certamente a quarentena é o momento perfeito para testar tudo isso.
 
Recomendo ainda procurar alguns tutoriais e gameplays no YouTube para não ficar muito perdido. Este daqui me ajudou muito (assista na velocidade 2x).

- Bruno "LeonButcher" Pereira

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Paradox Interactive/Divulgação

DIA 12: Braid

Assim como muitos jogos que ditaram toda uma geração, Braid pede por compreensão além de suas mecânicas.

Os desavisados que baixaram o hoje clássico indie de Jonathan Blow na Xbox Live Arcade em 2008 poderiam imaginar que se tratava de mais um título de plataforma, como tantos outros inspirados por Super Mario.

Mas essa impressão se desfaz rápido, quando o jogo revela a capacidade de voltar no tempo, retornando inimigos e outros objetos interativos do cenário ao seu estado inicial.

A partir daí, Braid é um dos melhores quebra-cabeças já vistos nos games. A cada nível, a cada camada de dificuldade acrescentada aos cenários encarados pelos poderes temporais à disposição do jogador, o game se revela como toda obra brilhante: complexo em execuções maravilhosamente simples.

Acima das mecânicas, as peças de quebra-cabeça coletáveis ao longo das fases vão pavimentando o caminho para um desfecho que, embora tenha sido amplamente divulgado e debatido ao longo dos anos, ainda é surpreendente - se você não sabe nada sobre o final de Braid, recomendo que tenha essa experiência jogando.

Fácil de jogar e difícil de resolver, Braid é uma ótima pedida para quem busca exercitar a mente além de passar o tempo.

- Bruno Silva

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Divulgação/Number None, Inc.

DIA 13: Hearthstone

Confesso: não sou o maior fã de card games digitais. Jogo de cartas pra mim é algo mais na veia de truco e Uno, games mais simples para jogar em casa com os amigos mesmo. Ainda assim, dentre as várias opções de card games digitais uma das que mais me agrada é Hearthstone.

O jogo da Blizzard é gratuito, traz vasto conteúdo single player e oferece mecânicas que seriam impossíveis de recriar de forma prática com cartinhas de verdade. Mesmo com muitos anos na costas, Hearthstone segue expandindo e o momento é ótimo para conhecer ou retornar ao game.

No comecinho de abril o game ganhou uma nova campanha single player apresentando a classe Caçador de Demônios - a primeira classe nova desde o lançamento do game! - e várias mecânicas inéditas e até incentivos para veteranos que abandonaram o título retornarem à taverna virtual da Blizzard.

- Claudio Prandoni

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Blizzard/Divulgação

DIA 14: Magic the Gathering: Arena

Magic the Gathering é sempre uma boa pedida. Além de poder ser jogado fisicamente, caso você tenha as cartas; o card game da Wizards of the Coast também pode ser jogado digitalmente, através de Magic the Gathering: Arena.

As vantagens para jogar o Arena são várias: basta baixar o aplicativo, gratuitamente; ganhar os 15 decks iniciais e seguir os tutoriais intuitivos e objetivos.

Por sinal, mesmo que você já tenha tido contato com Magic the Gathering antes, vale dar uma chance aos tutoriais até para conseguir se adaptar melhor à versão digital do card game. E quem nunca jogou, mas sempre teve vontade, vai aprender mais facilmente como se joga seguindo as instruções iniciais.

É possível batalhar contra outros jogadores e casualmente contra a inteligência artificial do game também, para aprender também e adquirir alguns cosméticos para personalizar ainda mais o seu deck.

O site oficial do Arena também fornece dicas e mostra quais formatos de deck é possível montar, desde o selado até o conspiracy. Além disso, vale ficar de olho nos Desafios para liberar combos de cartas e subir de Rank.

- Jessica Pinheiro

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Wizards of the Coast/Divulgação

DIA 15: Darkest Dungeon

Se você está procurando um jogo tranquilo ou uma alternativa para relaxar, fique bem longe de Darkest Dungeon. Criado pela Red Hook Studios, esse RPG roguelike é propositalmente frustrante e impiedoso, mas extremamente gratificante para aqueles que não desistem fácil.

Em Darkest Dungeon, o jogador assume a posição do herdeiro de uma propriedade desolada no meio de um lugar nenhum. Uma vez próspero, o local agora abriga um vilarejo amaldiçoado, corrompido por conta de experimentos macabros e pactos com entidades de outras dimensões promovidos por seu antepassado.

Para combater esses horrores sobrenaturais, que poderiam ter saído diretamente de um romance de H. P. Lovecraft, o jogador deve recrutar heróis itinerantes e promover expedições em “dungeons” ao redor do vilarejo, que vão de cavernas alagadas a ruínas assombradas. Cada uma das regiões, é claro, está infestada de diferentes tipos abominações, incluindo cultistas, mortos-vivos e insetos humanóides grotescos.

Cada um dos 17 heróis disponíveis (levando em conta os personagens de DLC), contam com diferentes habilidades e especializações, o que dá inúmeras possibilidades de composição ao jogador para enfrentar os combates intensos de Darkest Dungeon.

Ao final de cada expedição, você levará recursos e equipamentos especiais de volta ao vilarejo para dar sequência à aventura. No entanto, vale o alerta: não se apegue muito ao seus heróis, já que o jogo conta com uma mecânica de morte permanente para todos que caem em combate durante as expedições.

Apesar das rolagens de acerto, que podem deixar o jogador à mercê da sorte em vários momento, Darkest Dungeon recompensa jogadores que gostam de estratégia e de aprender com erros do passado, e é uma experiência extremamente envolvente – em boa parte, por conta da excelente e sinistra narração de Wayne June.

- Rafael Romer

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Red Hook Studios/Divulgação

DIA 16: Adivinhados

Desenvolvido pela Etermax - a mesma do hit Perguntados -, o game é gratuito para Android e iOS e desafia os jogadores a testar seus conhecimentos.

Em um tabuleiro com 100 casas, o jogador precisa ir respondendo perguntas conforme avança.

As charadas têm sempre uma única palavra como resposta, e acertá-las significa que você poderá jogar mais uma vez; um erro, entretanto, dá a vez ao seu adversário.

Em tempos de quarentena, o game é uma boa opção para brincar com família e amigos.

Breno Deolindo

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Reprodução/Etermax

DIA 17: Path of Exile

Praticamente tudo o que a Blizzard promete fazer com Diablo IV sabe-se lá quando, a Grinding Gear Games já faz hoje em dia com Path of Exile: um retorno à estética gótica que deu origem ao gênero, grande foco em personalização de heróis e uma tonelada de conteúdo espalhado entre inúmeras campanhas lançadas e atualizadas ao longo dos anos.

E Path of Exile é grátis.

Já disponível para PC, PlayStation 4 e Xbox One, o game é o melhor que o gênero RPG de ação hack-and-slash tem a oferecer em 2020, e pode ser aproveitado no modo solitário ou ao lado de amigos.

E o melhor de tudo é que o estúdio responsável pelo game planeja lançar a sequência Path of Exile 2 não da maneira tradicional, mas sim como uma enorme atualização para tudo o que já existe ali dentro. Este é o momento para entrar de cabeça nesse mundo.

- Pedro Henrique Lutti Lippe

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Divulgação/Grinding Gear Games

DIA 18: Titanfall 2

Dos mesmos criadores do fenômeno Apex Legends, Titanfall 2 se passa neste mesmo universo, mas traz uma campanha e multiplayer bem diferentes, com o mesmo combate ágil mas com adição de robôs gigantes.

O modo single player inova com ideias frescas e uma jogabilidade bem gostosa. Você é Jack Cooper, um atirador que acaba virando piloto de mecha por acidente e o seu parceiro é o robozão — ou melhor, “Titan” — chamado “BT”. Juntos eles tentam impedir uma supercorporação de lançar uma arma destruidora de planetas.

A história não é exatamente original, mas a química entre a dupla funciona. Em termos de gameplay, tudo em Titanfall 2 se move com fluidez. É possível correr pelas paredes, deslizar, dar pulos duplos e travar batalhas cheias de velocidade. Já dentro do titan, o combate e movimentação ficam mais pesados mas ainda muito satisfatórios.

Após a campanha, que varia entre 6 e 8 horas de duração, existe um modo multiplayer muito divertido pra explorar. São várias classes de Titans, muitos modos e uma tonelada de customização e progressão do seu personagem.

Titanfall 2 é um dos jogos mais injustiçados dessa geração, graças à nada brilhante decisão da EA de lançá-lo a dias de distância entre Battlefield 1 e o Call of Duty: Infinite Warfare. Não é preciso ter jogado o primeiro para entender o que acontece e se você der uma chance não vai se arrepender.

- Guilherme Dias

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Electronic Arts/Divulgação

DIA 19: Deceit

A indicação do dia vai para o multiplayer assimétrico, que é gratuito no Steam, Deceit.

O game conta com 6 jogadores, que tem objetivo de sair do lugar em que estão. Porém, 2 dos jogadores são monstros que tem a missão de eliminar os outros oponentes sem que sejam descobertos!

Não acreditar em ninguém é a primeira regra do jog, afinal qualquer um pode ser o infectado que está atrás de sangue para se transformar quando as luzes se apagam. Por isso, ele não é necessariamente o melhor jogo para se jogar cooperativamente com os amigos, e sim deixando eles sem saber o que cada um vai fazer.

Os 4 inocentes tem que trabalhar juntos para vencer a partida, mas isso nem sempre é fácil quando qualquer um pode ser o infectado. É preciso ficar atento para pegar todos os equipamentos necessários para sobreviver, ou - se você for o monstro - tirá-los das pessoas que precisam deles durante a fase.

Deceit é um jogo que precisa de comunicação e entrega uma experiência hilária se jogada entre amigos, mas a recomendação fica principalmente por ser um game gratuito em que você vai perder horas e horas de jogatina.

- Angelo Sarmiento

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Baseline/Divulgação

DIA 20: Horizon Zero Dawn

Jogos de mundo aberto são meus preferidos por, basicamente, serem infinitos. Gosto de explorar todas as side-quests antes de seguir a quest principal; Desbravar novas cidades e dungeons; lutar contra novos monstros e avançar nas árvores de tecnologia para melhorar meu personagem.

Horizon Zero Dawn, claro, atende todos esses pontos, e adiciona o advento de um mundo pós-apocalíptico no qual a humanidade está, aos poucos, voltando a se adaptar num mundo repleto de máquinas de natureza única. Algumas ferozes, outras domesticáveis, mas cada uma com um comportamento e mecânica de luta único - o que deixa o jogo extremamente dinâmico.

Seja caçando Cortadores (que se parecem com veados) para coletar peças mecânicas importante para vendas e montagem de equipamentos, ou lutando contra Tirânicos e Ardilosos (que ficam invisíveis e são duros de abater), certamente você vai se sentir desafiado e maravilhado ao reparar nos pequenos detalhes.

Exemplo: caso atire uma flecha e destrua uma peça chave dos Ardilosos, eles não poderão ficar mais invisíveis! Ou atirar na perna dos Catadores impedirá que eles corram, facilitando o abate.

Tudo isso em um ambiente de tirar o fôlego, certamente algo que a Guerrila Games (que também fez a série Killzone) dedicou grande parte dos seus esforços. As estruturas de cidades antigas e os novos assentamentos humanos são magistrais, mas a forma com que a desenvolvedora trabalhou a natureza vencendo a humanidade após diversos séculos (o jogo se passa no século XXXI) faz com que imaginemos um pouco o futuro do nosso planeta - e é nessa linha de redescobrimento da nossa humanidade e os diálogos sobre natureza e inteligência artificial que a história é construída.

Você controla Aloy, uma caçadora que tenta entender a sua própria história, sendo órfã e expulsa da tribo mais próxima logo em sua infância. A sede de conhecimento, a destreza na batalha e a inteligência inata da adolescente rebelde ruiva cai como uma luva para a protagonista conquistar quem quer que esteja jogando.

Recomendo levar o jogo com calma. As lutas são incríveis, mas nada bate os detalhes dos milhares de ambientes diferentes que o jogo te proporciona, principalmente quando ela passa a confrontar com o passado da humanidade, e o que os levou ao apocalipse.

Por enquanto, o jogo está disponível apenas no PlayStation 4, mas em breve chegará no PC pelo Steam.

- Bruno "LeonButcher" Pereira

Disponível para:

Sony Interactive Entertainment/Divulgação

DIA 21: Yakuza 0

Yakuza 0 é praticamente o ideal de uma prequel, capaz de apresentar uma série estabelecida para um novo público enquanto traz algo de novo e especial para os fãs de longa data.

O game se passa nos anos 1980, no auge do Milagre Econômico do Japão, e mostra mais sobre as origens de duas das figuras mais importantes da franquia: Kazuma Kiryu, protagonista principal dos jogos anteriores; e Goro Majima, uma das figuras mais adoradas dos fãs, que finalmente tornou-se personagem jogável em um dos títulos principais da série.

Ao mostrar a juventude dos dois, o game se aprofunda em um mistério de assassinato, conspiração, vingança e (lógico) o submundo do crime organizado japonês - tudo regado com excelentes elementos de exploração em mundo aberto e pancadaria urbana.

Yakuza 0 também apresenta maravilhosamente a dicotomia de bizarrice que compõe a franquia como um todo, trazendo uma narrativa central tensa e dramática, mas pontuada com sidequests extremamente esquisitas e irreverentes, seja resgatando pessoas de um estranho culto em Sotenbori ou tentando ajudar (a contragosto) um menino a arranjar revistas adultas nas ruas sórdidas de Kamurocho.

Não só isso, o jogo é recheado com os mais diversos minigames e atividades extras, de arcades com jogos clássicos da Sega, bares e restaurantes. Isso sem falar da quest de império imobiliário de Kiryu, ou os duelos de cabaré de Majima.

Enfim, Yakuza 0 é uma excelente porta de entrada para uma das séries mais divertidas (e pouco valorizadas) dos games, e agora ainda mais pessoas tem chance de conhecer esta experiência única, já que agora o antigo exclusivo de PlayStation pode ser jogado no PC e Xbox One (inclusive no Game Pass).

- Victor Ferreira

Disponível para:

Sega/Divulgação

DIA 22: Mega Man Zero/ZX Legacy Collection

Parte menos conhecida da saga de Mega Man nos games, Mega Man Zero é a continuação direta dos eventos de Mega Man X, protagonizada pelo Reploid que dá título ao game. Após permanecer em animação suspensa por 100 anos, Zero é redescoberto pela jovem cientista Ciel e precisa salvar o mundo de X, que agora ameaça humanos e robôs.

Lançado originalmente para o Game Boy Advance em 2002, Mega Man Zero traz algumas diferenças em relação aos seus antecessores, como uma história mais linear e menos focada em derrotar chefes, além da introdução dos Cyber Elfs, pequenos seres que conferem novos poderes a Zero.

Apesar das mudanças, Mega Man Zero entrega uma aventura à altura da franquia, com a dose exata de ação e emoção pela qual a saga X ficou caracterizada.

Recentemente, ficou mais fácil conferir Mega Man Zero por meio de uma coletânea lançada para a atual geração de consoles (e o PC), que inclui o primeiro game, suas três continuações, e os dois jogos da saga Mega Man ZX, que inauguram uma nova era na história da franquia com estrutura metroidvania.

Com seis jogos em um só pacote, a coletânea é uma ótima pedida para descobrir uma parte menos conhecida da saga da Capcom que fez sucesso na época dos consoles de 16 e 32 bits.

- Bruno Silva

Disponível para:

Divulgação/Capcom

DIA 23: Final Fantasy VII

Enquanto muita gente esbalda na luxuosa releitura em alta definição do remake de Final Fantasy VII a minha dica da vez é dar uma chance ao game original, do Playstation 1.

Questões técnicas à parte, a jornada de Cloud e companhia para salvar o planeta e lidar com fantasmas do passado segue atual, empolgante e envolvente, além de estar repleta de segredos e mistérios para desvendar.

Mas, de preferência, que não seja no PS1: o clássico da Square já ganhou relançamentos em todas as principais plataformas da atualidade com melhorias que tornam a experiência mais agradável para os dias de hoje e minimizam algumas limitações técnicas da época.

Por exemplo, dá pra deixar toda a movimentação mais rápida e até desabilitar os tão criticados encontros aleatórios contra inimigos. O relançamento para PS4, de alguns anos atrás, inclui até troféus!

E, convenhamos, além de ter um preço mais camarada do que o remake o jogo original do Play 1 segue com uma vantagem inabalável: ele traz a história completa de Final Fantasy VII e deve servir de bom incentivo para encarar os gráficos quadradões do RPG.

- Claudio Prandoni

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Divulgação/Square Enix

DIA 24: Tales of Symphonia

Quando eu era mais nova, tive contato com muitos JRPGs e Action RPGs que só entendo o que realmente significavam quando fiquei mais velha e os revisitei.

Isso aconteceu com Final Fantasy VI, Chrono Trigger, Secret of Mana e The Legend of Zelda: A Link to the Past. Todos esses títulos, inclusive, eu conheci no Super Nintendo, lá em meados da década de 1990.

Anos depois eu revisitei todos e entendi quão importantes esses jogos eram. Mas tinha um que eu também testei no SNES e nunca mais encontrei, "Tales of" alguma coisa...

Esse jogo, aprendi depois de mais velha, era Tales of Phantasia. Mas eu só revisitei ele depois de jogar e zerar outro título dessa mesma franquia: Tales of Symphonia.

Meu primeiro contato com esse game foi no Nintendo GameCube e desde a abertura, me apaixonei. A experiência como um todo, inclusive, foi bastante positiva.

Os gráficos 3D estilizados como anime, as interações cheias de reações engraçadas entre os personagens, o incrível sistema de batalha em tempo real, a trilha sonora empolgante, a narrativa intrigante e semeada de elementos da mitologia nórdica, isso sem contar os cativantes personagens e suas histórias trágicas, as reviravoltas... Toda a jornada com esse game foi bastante especial.

Se eu pudesse recomendar um jogo da franquia "Tales of" como porta de entrada para a série, escolheria sem hesitar o Tales of Symphonia. Acho que ele entrega bem o que é um game da série de uma forma bem amigável e prazerosa.

Se puderem, dêem uma chance a este clássico. Ele foi relançado há alguns anos para PC e PlayStation 3 e, sem dúvidas, é um dos meus JRPGs favoritos até hoje.

- Jessica Pinheiro

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Namco Tales Studio/Reprodução

DIA 25: NieR: Automata

Minha próxima indicação para games de quarentena é... um game que zerei durante a quarentena. NieR: Automata mistura uma jogabilidade tradicional de hack 'n' slash com elementos de RPG, tudo ambientado em um universo futurístico.
 
Protagonizado pelos andróides 2B e 9S, o jogo traz reflexões quase constantes sobre o significado da vida e qual é a linha que delimita máquinas dos seres vivos. Ironicamente, toda essa temática filosófica é envelopada por muita violência e combos insanos.
 
Essa mistura é o que dá o grande charme de NieR: Automata. Com gameplay bastante variado, o game prende o jogador tanto pela diversão em amassar botões de ataque, quanto pelos momentos cadenciados em seu enredo, que vai ficando cada vez melhor e mais intrigante conforme o jogador avança.
 
Para quem não é familiarizado com a franquia e nunca ouviu falar em Drakengard, série que a antecede, pode ficar tranquilo: Automata possui enredo auto-suficiente, e você não ficará perdido na história mesmo que não saiba nada dos últimos jogos. Claro, você certamente vai aproveitar mais do game se já conhecer esse universo, mas sua experiência ainda será excelente caso você não conheça o restante da série.
 
- Breno Deolindo
 
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Divulgação/Square Enix

DIA 26: Cook, Serve, Delicious!

Fãs de Overcooked precisam experimentar Cook, Serve, Delicious!, um outro game culinário que consegue ser ainda mais desafiador (ainda que talvez não tão frenético) quanto o sucesso indie.

No início do game, o jogador assume o controle de um restaurante que está praticamente acabado. Seu objetivo é cozinhar bem o suficiente para reerguer a reputação do estabelecimento, transformando-o em um sucesso estrondoso no mundo culinário.

Para chegar lá, é necessário abrir as portas e preparar até oito pratos de uma só vez - uma tarefa que começa difícil, e vai se tornando progressivamente mais difícil na medida em que a aventura progride.

Com um senso de humor característico e uma mecânica punitiva e viciante, Cook, Serve, Delicious! e suas duas sequências são excelentes passatempos para ocupar os seus dias.

- Pedro Henrique Lutti Lippe

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Divulgação/Vertigo Gaming

DIA 27: Halo: The Master Chief Collection

Levou algum tempo - muitos e muitos anos, para sermos honestos -, mas Halo: The Master Chief Collection é atualmente uma das melhores (se não a melhor?) coletânea de jogos dos últimos tempos.

O que era um verdadeiro desastre em seu lançamento inicial, lá em 2014, foi lentamente sendo consertado, até chegar a sua versão maior e melhor em 2018, repleta de opções de download para jogos específicos e playlists especiais para todos os gostos, de singleplayer a multiplayer.

A coletânea, originalmente composta pelos quatro primeiros games da principal franquia da Microsoft, foi expandida de várias formas. Novos jogos, como Halo 3: ODST e Reach (o melhor de todos, na minha opinião) foram incluídos, e agora temos uma versão de PC!

... Que no momento só inclui Reach e Halo: Combat Evolved, mas Halo 2 deve chegar a qualquer momento e, como já citei antes, um dos jogos disponíveis é um dos melhores shooters de todos os tempos - e certamente com um dos melhores finais de campanha de qualquer game.

De qualquer forma, a coletânea do Master Chief é uma excelente pedida nestes dias de quarentena para fãs de jogos de tiro, oferecendo as mais diferentes opções para quem gosta de campanhas, multiplayer, ou ambos, e pode ser baixado por assinantes do Game Pass tanto no PC quanto no Xbox One.

- Victor Ferreira

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Microsoft/Divulgação

DIA 28: Bloodborne

Você pode torcer seu nariz pra esses jogos “souls-like”, tão louvados pelos entusiastas do sofrimento, mas existe um motivo pelo qual eles são tão populares. Depois de vários anos fugindo do gênero, insisti em Bloodborne e foi uma das melhores decisões que já tomei como jogador.

Bloodborne foi desenvolvido pela From Software, o mesmo estúdio de Dark Souls e Sekiro, e traz uma campanha de RPG com hack’n slash e elementos de terror. Sim, é bem difícil (especialmente no início), mas é também uma experiência rara e muito satisfatória.

As duas coisas mais interessantes nesse jogo pra mim, e que me motivaram a terminar, são: a temática e a profundidade do gameplay.

Sobre a temática, Bloodborne é inicialmente apresentado em uma ambientação de horror gótico cheia de surrealismos. Sangue, catedrais, escuridão, sonhos, mistério. Mas o que poucas pessoas que não jogaram sabem é como tudo isso muda em algum momento do jogo, transformando a trajetória do caçador em um grande pesadelo diretamente inspirado pela obra de H. P. Lovecraft. É simplesmente brilhante.

Sobre o gameplay, é preciso dizer que Bloodborne entrega uma liberdade absurda para que os jogadores experimentem o game das formas mais diferentes. As opções de armas e atributos podem fazer do seu personagem um guerreiro adepto da força bruta, um arcano cheio de truques e armas únicas, um espadachim ágil ou até mesmo um pistoleiro.

Em poucos meses eu fui de um completo anti-souls a alguém que diz sem ressalvas que Bloodborne é uma obra-prima. Um dos melhores exclusivos do PlayStation 4 (senão o melhor) e uma excelente porta de entrada para quem nunca experimentou jogos desse tipo.  

- Guilherme Dias

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From Software/Divulgação

DIA 29: Banished

Para os nostálgicos de jogos como a série Caesar e Sim City, que são simuladores de construção de cidades, o lançamento de Banished em 2014 introduziu um novo patamar para o estilo do jogo.

Com mecânicas novas, em específico clima, que influencia diretamente na população e na produção da sua cidade, descobri em Banished um novo desafio como jogador casual, ao mesmo tempo que vi as horas passarem rápido pelo estilo do jogo - perfeito para os tempos de quarentena.

Em Banished, você controla as ações dos aldeões de uma cidade feudal nova, na busca por recursos para fazer sua cidade crescer e se desenvolver. A imensa árvore de possibilidades, que vai de peixes e minérios - muito influenciada pelo mapa ao redor, já que dependem de lagos e montanhas, respectivamente - a ervas e remédios, influencia na vida do principal recurso do jogo: os próprios aldeões.

Sua população fará as atividades da aldeia automaticamente, mas precisará de recursos para fazê-lo, além de casas para habitar, alimentos para sobreviver e até mesmo proteção contra o frio nos duros invernos. Os aldeões são os principais recursos porque a mecânica do jogo é o curso natural de uma cidade: conforme o tempo passa, eles irão envelhecer e se tornarem inativos até morrer, e a única maneira de conseguir novos é através do nascimento de crianças e imigrações de outros nômades da região.

Gerenciar a população enquanto pensa no crescimento controlado de sua aldeia, se preocupando com o desenvolvimento sustentável da região (afinal, se não houver reflorestamento, não teremos mais madeira) e outras peculiaridades, aos poucos ensina que Banished é um jogo com um aprofundamento incrível para quem batalha pela dificuldade de se acostumar com o jogo.

Elogio à parte, curto muito os gráficos do jogo e som ambiente, leves e responsivos. Traz uma leveza para um jogo que tende a ficar mais complexo a cada situação diferente que sua aldeia passa.

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Shining Rock Software/Divulgação

DIA 30: Terraria

A indicação da vez fica para o maravilhoso sandbox que é Terraria.

Com um enorme mundo e 10 anos de atualização e conteúdos, o game é uma excelente opção pra quem gosta de explorar, construir e fazer tudo do seu jeito!

É possível jogar sozinho ou junto de amigos (que fica muito mais divertido!) e não faltará coisas pra fazer, armas para testar e claro, muitos bosses incríveis para enfrentar.

Além de todo o conteúdo já disponibilizado dentro do game, existe uma gigantesca escolha de mods que você pode usufruir após uma grande jogatina.

Com tantas coisas diferentes e com maneiras diferentes de se fazer, Terraria é um ótimo jogo que vai te ocupar por horas e mais horas, e você sempre vai se surpreender com algo novo, sejam itens ou mesmo monstros que estão te caçando!

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Re-Logic/Divulgação

DIA 31: Relic Hunters Zero

Jogo gratuito todo mundo gosta e este aqui ainda exalta o talento de desenvolvedores brasileiros.

Relic Hunters Zero saiu em 2015 e é um frenético shooter dual-stick com opção de multiplayer cooperativo.

O Zero do título não é à toa: o game é preparação para Relic Hunters Legend, promissor game de tiro e RPG que tem até HQ digital e curta animado.

O game tem sete personagens diferentes, diversas armas, jogabilidade precisa (seja no teclado e mouse ou no controle) e ação intensa e viciante.

Aproveite a experiência e fique de olho que em maio o game da produtora Rogue Snail chega também ao Nintendo Switch.

- Claudio Prandoni

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Rogue Snail/Divulgação

DIA 32: Monster Hunter: World

Talvez não exista momento melhor do que este para você dar uma chance a Monster Hunter: World.

O game de caçadas da Capcom incorpora boa parte das características da atividade do mundo real na qual se inspira: é preciso se planejar, preparar armadilhas e, em alguns casos, esperar o melhor momento de atacar as criaturas gigantescas que rondam o recém-descoberto continente no qual a história se passa.

Quando a luta contra estas feras finalmente começa, Monster Hunter: World se revela um jogo de ação como poucos nesta geração de consoles. É possível escolher um verdadeiro arsenal para derrotar os inimigos, que vai de armas mais tradicionais, como espadas e arcos, a opções menos ortodoxas, como o Berrante de Caça (um instrumento musical que dá melhorias a seu grupo em forma de porrete) ou o Transmachado (uma mistura de machado e espada que alterna entre golpes pesados e rápidos).

A experiência fica completa com a possibilidade de montar grupos de até quatro pessoas para caçar em conjunto, podendo explorar ainda mais este fantástico mundo, que ainda conta com uma expansão chamada Iceborne, que é vendida separadamente e adiciona uma quantidade enorme de conteúdo ao game.

- Bruno Silva

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Capcom/Divulgação