A plataforma de jogos Stakester revelou em um novo estudo que duas horas de jogo queimam cerca de 420 calorias em homens e 472 calorias em mulheres. E isso equivale a realizar 1.000 abdominais, aparentemente.

“Todos nós sabemos que a competição aumenta nossa frequência cardíaca e muitos de nós já experimentamos o ‘suor do jogo’ que acontece quando você está tentando fazer um gol de último minuto no FIFA ou em uma situação difícil em Warzone”, disse Tom Fairey, CEO e fundador da Stakester - plataforma que permite que os usuários ganhem dinheiro e prêmios jogando - à revista Men’s Health. “Ficamos surpresos com a quantidade de calorias queimadas durante uma sessão de 2 horas de jogatina, certamente é melhor do que fazer 1.000 abdominais”.

No estudo, os pesquisadores usaram dispositivos inteligentes para medir a frequência cardíaca e as calorias queimadas por 50 jogadores enquanto jogavam FIFA e Call of Duty: Warzone por duas horas.

Os resultados revelaram que os jogadores masculinos queimaram cerca de 210 calorias por hora durante o experimento. Enquanto isso, as mulheres queimaram cerca de 236 calorias por hora enquanto jogavam online.

Se os cálculos deles estiverem corretos, isso significa que um jogador típico ao jogar FIFA queimaria 210 calorias por hora - ou 105 calorias por meia hora e, colocando em perspectiva com uma pesquisa bem conhecida da Escola de Medicina de Harvard, uma pessoa média de 70 kg (155 libras) queima 108 calorias por 30 minutos levantando pesos. Outros esportes ou atividades com uma taxa semelhante de queima de calorias incluem dançar, jogar vôlei, boliche entre outros.

E isso é certamente uma boa notícia, já que 75,8% dos gamers brasileiros afirmaram jogar mais durante o período de isolamento social causado pela pandemia de COVID-19 e 72% da população do Brasil afirma jogar jogos eletrônicos no geral.

E essa não é a primeira vez que pesquisas sugerem que jogar videogames pode ser bom para a saúde.

No ano passado, uma equipe da Universidade de Tecnologia de Queensland descobriu que jogadores eram até 21% mais propensos a ter um peso corporal mais saudável do que a média das pessoas.

A pesquisa também revelou que os jogadores fumam e bebem menos do que o público em geral e são significativamente mais ativos como resultado de certos videogames.

A Universidade de Tecnologia de Queensland conduziu o estudo entrevistando 1.400 jogadores de 65 países, no que eles dizem ser o primeiro estudo a investigar o status IMC (Índice de Massa Corporal) de uma amostra global de jogadores de esportes eletrônicos.

O pesquisador da Universidade, Michael Trotter, disse: “As descobertas desafiam o estereótipo do jogador com obesidade mórbida. Quando você pensa em esportes eletrônicos, muitas vezes surgem preocupações com relação ao comportamento sedentário e problemas de saúde como resultado, e o estudo revelou alguns resultados interessantes e mistos”. 

E não são só melhorias e resultados positivos a respeito do peso que o videogame pode proporcionar.

Uma pesquisa publicada pela Frontiers in Human Neuroscience no ano passado examinou as habilidades cognitivas de 27 jovens adultos entre as idades de 18 e 40 anos e, de acordo com a pesquisa, jogar vídeo game mais cedo está fortemente relacionado a uma melhor memória de trabalho mais tarde.

“Pessoas que eram jogadores ávidos antes da adolescência, apesar de não jogarem mais, tiveram um desempenho melhor nas tarefas de memória de trabalho, que exigem reter e manipular mentalmente informações para obter um resultado”, observou o pesquisador Marc Palaus, Ph.D, no comunicado oficial.

Estudos anteriores também mostraram benefícios cognitivos marginais para jogos, como foco aprimorado ou raciocínio espacial e seu potencial como uma ferramenta de diagnóstico, inclusive para transtorno do espectro do autismo em crianças e Alzheimer em adultos.