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Indústria rebate classificação de vício em games como transtorno mental

Organização Mundial da Saúde deve incluir "distúrbio de games" na próxima edição de Classificação Internacional de Doenças

Por Rafael Romer 20.06.2018 12H40

Representantes da indústria dos games rebateram a decisão da Organização Mundial da Saúde (OMS) de classificar o vício em jogos eletrônicos como transtorno mental pela 11ª Classificação Internacional de Doenças (CID).

Em um documento divulgado nesta terça-feira (19), múltiplas organizações do setor, incluindo a União Brasileira de Vídeo e Games, se dizem preocupadas com a classificação, ressaltando aspectos positivos dos jogos eletrônicos.

"Videogames de todos os tipos de gêneros, dispositivos e plataformas são apreciados com segurança e sensibilidade por mais de dois bilhões de pessoas em todo o mundo, sendo o valor educacional, terapêutico e recreativo dos jogos bem fundamentado e amplamente reconhecido", indica o documento. "Portanto, estamos preocupados em ver o 'distúrbio dos games' ainda contido na última versão da CID-11 da OMS, apesar da oposição significativa da comunidade médica e científica. Evidências para sua inclusão permanecem altamente contestadas e inconclusivas".

Ainda no posicionamento, os representantes da indústria pedem que a OMS "reconsidere" a inclusão do "distúrbio dos games" na próxima versão da CID, que será divulgada no próximo ano, levando em consideração "evidências claras" que contestam a classificação.

"Nossa indústria e apoiadores em todo o mundo continuarão levantando suas vozes em oposição a essa medida, pedindo à OMS evitar tomar medidas que tenham implicações injustificadas para os sistemas nacionais de saúde em todo o mundo", aponta o documento.

A inclusão do distúrbio de games na 11ª edição do CID foi divulgada nesta semana e é descrita como o hábito persistente de jogo, que ganha prioridade acima de outros interesses.