A LOUD conquistou o Brasil e agora quer o mundo. Este é o grande objetivo da equipe no VALORANT Masters Reykjavík. Quem falou mais sobre isso durante a coletiva, após a vitória na final contra a Ninjas in Pyjamas, foi Less.

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De acordo com o jovem jogador de apenas 17 anos, um dos seus grandes sonhos já foi realizado. Agora vem o outro, que dependia desse.

"Pra mim a coisa mais importante de todas era a classificação para fora [do Brasil]", cravou Less. "Eu já queria isso ano passado, mas eu era muito novo. Então precisei de um ano participando de campeonatos, não em organizações gigantes, para ir aprendendo. Mas este sempre foi o principal objetivo desde que entrei no cenário profissional, representar bem o Brasil", completou.

O caminho pela frente, no entanto, é longo e árduo. O retrospecto brasileiro nos últimos Masters e também Champions, já provou isso na prática. Até mesmo uma das vagas diretas para o Masters nossa região perdeu, o que para Less, piora a situação.

"Eu tenho certeza que isso causa um peso a mais. O que nós mais queremos é representar bem o Brasil lá fora e mostrar que nosso servidor e comunidade tem força sim para ser uma das melhores. É sim um peso muito grande, mas também acredito que, mesmo não chegando nos playoffs, nós já mostramos um pouquinho do que podemos. Por exemplo a Keyd ganhando da Ascend antes de cancelarem o jogo, aquele 12 a 5 da Vikings sobre a Gambit… Então agora é ir com toda a dedicação para representar bem o Brasil lá fora."

O histórico negativo do Brasil no VALORANT é real, mas esbarra nas atuações da LOUD em solo nacional. A equipe sobrou no VCTBR, aplicou dois 3 a 0 na final upper e grande final e com isso renovou a esperança do torcedor. A forma avassaladora como sacy, saadhak, less, aspas e pAncada dominaram seus adversários, chamou atenção até mesmo dos casters. Durante a transmissão da decisão, Spacca afirmou que este é com certeza o melhor time brasileiro que ele já viu jogar VALORANT.

Para Less, no entanto, os recentes resultados estão longe de colocar a LOUD em posição de favoritismo na Islândia. Muito pelo contrário…

"Não encaro [o Masters] como teste, mas sim como desafio. Ainda mais porque, no nível em que a gente está aqui no Brasil, eu acredito que não ganharíamos a Islândia. O principal será o treinamento que teremos lá, por cerca de uma semana ou uma semana e meia. Cada dia de treino por lá será muito importante para os jogos na Islândia", opinou o jogador da LOUD.

 

Além do importantíssimo bootcamp que precede o Masters, Less destacou que outros tipos de preparações já vem sendo feitas. Dentro da parte mental, ele conta que o elenco já realizou diversos trabalhos com o psicólogo Arthur, e por isso nega veementemente que o time ficará nervoso diante de adversários de outro país. Além disso, algumas precauções serão tomadas para que o foco seja total.

"O Sacy fazia muito na VKS essa coisa de criar uma bolha em volta do time. Então eles paravam de ver rede social perto do campeonato, paravam de falar com pessoas fora do círculo do time sobre jogo… Essas são coisas que também faremos com certeza lá na Islândia”, revelou Less.

"Acreditamos que nesta situação de ver rede social, podem acontecer coisas como aparecer que a LOUD vai ganhar do adversário e isso gerar muita confiança a ponto de desrespeitar o adversário", explicou Less. "Então vamos nos distanciar de tudo e só focar nos jogadores neste período", acrescentou.

Já dentro de jogo, os preparativos foram feitos para garantir que a LOUD não chegará com nenhuma defasagem em questão de metagaming. Este foi, inclusive, um problema relatado por equipes brasileiras que representaram o Brasil internacionalmente, em 2021.

"Nós estudamos principalmente os times lá de fora e estamos sempre analisando o meta deles. Querendo ou não, eles tem cenários com mais investimentos, então tem muitos estudiosos dessa parte do jogo. Quando chegarmos lá, não ficaremos atrás em questão de meta, até porque só usamos composições que julgamos serem mais completas, com dois iniciadores por exemplo, ao invés de dois duelistas, pois temos jogadores muito flex na equipe. Então o meta não acredito que seja um problema", disse Less.

Com foco total na preparação, a LOUD será o Brasil no VALORANT Masters Reykjavík. O campeonato acontece presencialmente, entre 10 e 24 de abril e conta com a presença de 12 times participantes. Além da própria LOUD, a Ninjas in Pyjamas também pode pintar por lá, representando as cores verde e amarela. Para isso, eles precisam vencer o Last Chance contra o vice-campeão LATAM.