CS:GO: Seis perguntas importantes para o cenário profissional em 2019

A MIBR finalmente será inteira brasileira, e os times terão de correr atrás da poderosa Astralis

Por Breno Deolindo 30.12.2018 16H00

Depois de um 2018 que foi dominado pela Astralis, o cenário competitivo de Counter-Strike: Global Offensive já está realizando mudanças para tentar bater de frente com os dinamarqueses. A MIBR anunciou a volta de Epitácio "TACO" de Melo e Wilton "zews" Prado, que fizeram parte da lineup vencedora do MLG Columbus 2016.

Será que os brasileiros conseguirão voltar ao topo? Confira seis perguntas que o CS:GO precisará responder em 2019:

A MIBR voltará ao topo do mundo?

Finalmente, a Made in Brazil é inteiramente brasileira. Com a chegada de TACO e zews, e a provável contratação de João “felps” Vasconcellos, o time reeditará uma lineup que já brilhou em 2017, mas teve pouco tempo de vida. À época, felps alegou que não estava se sentindo bem na SK Gaming, e deixou a equipe, entrando na Não Tem Como posteriormente.

A Liquid continuará como potência?

Os norte-americanos cederam Epitácio “TACO” de Melo e o coach Wilton “zews” Prado para a MIBR, e ficaram com Jake “Stewie2K” Yip em troca. Com Stewie, o elenco ganha mais agressividade e contará com cinco jogadores que têm o inglês como língua nativa, mas há dois pontos importantes: o estilo de Stewie encaixará com os novos companheiros? O novo técnico Eric "adreN" Hoag conseguirá substituir zews à altura? O brasileiro é tido como um dos melhores do mundo em sua profissão, deixando a equipe na terceira posição do ranking do HLTV, enquanto adreN ainda não possui experiência no comando de um elenco.

Haverá respostas para a Astralis?

No CS:GO, 2018 foi dinamarquês. A Astralis foi campeã de quase todos os torneios que disputou, colocando mais um Major em seu currículo. Dentro de jogo, Nicolai "dev1ce" Reedtz e seus companheiros pareciam fazer mágica, ganhando rounds improváveis e estando sempre um passo na frente de seus adversários. Em 2019, os dinamarqueses precisam renovar seu arsenal de estratégias para manter a hegemonia, já que seu jogo certamente será muito estudado pelas maiores equipes do cenário, e a vantagem tática poderá ser bastante reduzida.

A FURIA terá mais destaque internacional?

Uma das equipes mais promissoras do Counter-Strike brasileiro, a FURIA virou centro das atenções após Kaike “kscerato” Cerato ser cotado na MIBR. André Akkari, um dos donos da organização, confirmou que houve uma aproximação da equipe de Gabriel “FalleN” Toledo, mas rumores indicam que sua multa rescisória era muito alta. Agora, kscerato e seus companheiros poderão atrair ainda mais olhares, ganhando espaço na mídia e voltando a ser uma opção caso a nova line da MIBR não atinja os resultados esperados.

Fnx fará um retorno ao competitivo?

Campeão mundial pela MIBR original em 2006, Lincoln “fnx” Lau é muito querido pelo público brasileiro, e pode retomar sua carreira profissional no ano que vem. Recomeçar não é um problema para fnx: o jogador disputou a Golden Chance para voltar a ser relevante no cenário. O torneio eventualmente o levou à Luminosity e à SK Gaming, onde foi campeão de dois Majors. Em suas redes sociais, fnx já declarou que está ansioso por um retorno, mas ainda não há nada confirmado.

Quem será o quinto jogador da FaZe?

A FaZe terminou o ano de 2017 em segundo lugar no ranking do HLTV.org, atrás apenas da brasileiríssima SK Gaming. Em 2018, os resultados não foram tão positivos, principalmente na segunda metade do ano, com três títulos e a oitava colocação no ranking. Para o ano que vem, uma mudança já é certa: Finn “karrigan” Andersen foi para a reserva do time, e um substituto ainda não foi anunciado. Por enquanto, a única especulação é a de Dauren "AdreN" Kystaubayev, campeão de Major na Gambit e atualmente inativo.