Uber pode ter reduzido número de sensores em carros autônomos
Geração atual de veículos autônomos da empresa poderia ter reduzido número de sistemas capazes de reconhecer objetos na pista
A Uber poderia ter reduzido a quantidade de sensores em seus carros autônomos mais recentes, criando novos "pontos cegos" para os sistemas que fazem o veículo a se orientar sozinho, indica uma nova reportagem da Reuters publicada nesta semana.
Citando cinco ex-funcionários, a agência indica que a decisão levou a geração mais nova de veículos da empresa a ter uma capacidade reduzida de perceber elementos na pista.
De acordo com as fontes, os mais recentes modelos autônomos da Volvo operados pela Uber teriam apenas um sistema lidar integrado – componente responsável pelos pulsos laser que identificam objetos na via. Os antigos Ford Fusions que a empresa empregava tinham sete sistemas lidar.
A redução também ocorreu entre as câmeras dos veículos: de 20 no Ford Fusion para apenas sete no Volvo XC90. O único aumento seria na quantidade de radares, que cresceu de sete no Fusion para dez.
Em um comunicado enviado à Reuters, uma porta voz da empresa reforçou apenas as preocupações de segurança da empresa, mas não comentou a decisão de reduzir a quantidade de sistemas lidar.
"Acreditamos que a tecnologia tem o poder de tornar o transporte mais seguro do que nunca e reconhecemos nossa responsabilidade em contribuir para a segurança de nossas comunidades. À medida que desenvolvemos a tecnologia de direção autônoma, a segurança é nossa principal preocupação em cada etapa do caminho", afirmou a porta-voz.
A informação da simplificação do sistema de detecção de objetos dos veículos autônomos da empresa vem em meio à polêmica envolvendo o atropelamento uma pedestre na cidade de Tempe, no Arizona.