A Rambler Group, terceira maior provedora de internet da Rússia, está processando a Twitch por transmissões ilegais do Campeonato Inglês. Os direitos de transmissão no país são exclusivos da Rambler, e as lives da Twitch teriam quebrado essa exclusividade mais de 36 mil vezes nos últimos meses de 2019. Como indenização, a provedora está pedindo por US$ 3 bilhões.

Julianna Tabstaeva, advogada da Twitch, afirmou ao Kommersant que a plataforma não é responsável pelas infrações: "A Twitch apenas permite que os usuários acessem a plataforma, e não pode mudar o conteúdo postado por usuários, ou rastrear possíveis violações".

Mikhail Gershkovich, porta-voz da Rambler, disse que a empresa seguirá perseguindo as transmissões piratas, e que já está negociando com a Twitch para assinar um acordo.

De fato, não é nada incomum encontrar transmissões clandestinas de vários esportes na Twitch. Ainda assim, é de se questionar a boa vontade da plataforma em derrubar - ou não - esse tipo de conteúdo. Vale lembrar, por exemplo, do caso com HeatheredEffect, streamer que teve um clipe deletado por estar amamentando.

O termo de uso da Twitch, ao menos, estabelece uma série de regras sobre o que pode ser transmitido na plataforma. Entre os itens restritos, estão conteúdos sob direitos autorais - tais quais os jogos do Campeonato Inglês.

A primeira audiência do caso será no dia 20 de dezembro, em Moscou.