Após uma série de teasers, a Xiaomi confirmou nesta quinta-feira (08) o lançamento do smartphone gamer Poco X3 NFC no Brasil.

Lançado em setembro nos primeiros mercados, o modelo marca o desembarque oficial da marca Poco no país – até então, apenas o Pocophone F1 foi visto por aqui, mas ainda sob o guarda-chuva da Xiaomi.

Poco X3 chega ao Brasil em duas variantes, ambas com 6 GB de RAM: com 64 GB ou 128 GB de armazenamento interno. Os modelos custarão, respectivamente, R$ 2.999 e R$ 3.299, e estarão disponíveis nas cores Shadow Gray (cinza) e Cobalt Blue (azul).

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Com a promessa de ser um modelo acessível e focado em uma boa experiência para jogos mobile, o Poco X3 traz um display de 6,67 polegadas com taxa de atualização de 120Hz.

Por baixo do capô, o dispositivo embarca o recém-anunciado Snapdragon 732G, plataforma mobile da Qualcomm com arquitetura focada em games – e com ganhos de 15% em renderização gráfica em relação à geração anterior.

O chip também embarca a tecnologia Elite Gaming, que promete aos jogadores uma experiência de jogabilidade "ultrarrealista" em mais de um bilhão de tons de cor.

O Poco X3 traz ainda o sistema de resfriamento LiquidCool Plus, com um turbo de cobre mais largo apoiado em camadas de grafite. A promessa é de uma redução de temperatura do processador de até seis graus para uma performance de pico sustentada.

Para sustentar o sistema, uma bateria de 5.160 mAh que garante até 10 horas de autonomia para a reprodução de jogos. O sistema também permite carregamento rápido, com carga total em 65 minutos ou 62% de bateria em meia hora.

Para completar o Poco X3, um módulo quádruplo traseiro de câmeras traz um sensor principal de 64 MP, um sensor ultra-wide de 13 MP, um sensor macro de 2 MP e um sensor de profundidade de 2 MP.

O Poco X3 está disponível no Brasil a partir de hoje, através do e-commerce e das duas lojas físicas da Xiaomi. O modelo deverá chegar a lojas especializadas do varejo no futuro, mas ainda não teve detalhes revelados sobre sua disponibilidade em outras lojas físicas.

Poco oficialmente no Brasil

Divulgação/Xiaomi

O Poco X3 marca um novo momento para a operação da Xiaomi no Brasil, que voltou ao país no ano passado após uma tentativa frustrada em 2015.

Com o novo smartphone, a marca Poco passará a ser vendida por aqui com uma comunicação independente da Xiaomi – e focada em um público que é considerado ainda mais engajado em detalhes técnicos sobre aparelhos que tem interesse em comprar.

"O público da Poco é mais específico, é alguém mais antenado, alguém que pesquisa mais pelo produto, é um produto bem querido", explicou Luciano Barbosa, líder da operação da Xiaomi no Brasil, em entrevista ao The Enemy. "Nas outras linhas, a gente fala mais de benefícios que os produtos trazem, nessa não: a gente fala característica, mostra números, benchmark. Globalmente funcionou muito bem, então por que não fazer aqui no Brasil?"

A linha Poco é lançada no país em um momento que o catálogo da Xiaomi por aqui já beira os 400 produtos – além de smartphones, a Xiaomi comercializa outros tipos dispositivos conectados, peças como mochilas e até mesmo aparelhos inusitados, como uma chopeira portátil.

Sem abrir números, Barbosa avalia positivamente a nova operação da Xiaomi no Brasil após mais de um ano desde seu retorno. O fechamento de lojas por conta da pandemia do coronavírus causador da Covid-19 impactou negativamente a companhia neste ano, mas uma recuperação nas vendas por o que Barbosa classifica como uma “demanda reprimida” após a reabertura do varejo tem surpreendido a Xiaomi no país.

Em fevereiro, Barbosa afirmou que a Xiaomi estava estudando a possibilidade de fabricar alguns de seus smartphones no Brasil. Ao The Enemy, o responsável pela operação da companhia afirmou que o estudo – que tinha previsão de ser concluído em maio – continua, mas teve seu ritmo desacelerado por conta da pandemia.

Nós temos uma expectativa de concluir esse estudo, mas a gente não consegue falar em datas mais", explicou. "As prefeituras não estão se comunicando tão bem, algumas empresas também não, o abastecimento também. Está bem instável o cenário".

Ainda assim, a possibilidade de trabalhar com fabricação local ainda “está no radar” da empresa, que “considera importante” a possibilidade de ser produzir modelos no país como uma alternativa de redução de preços de produtos – livrando os dispositivos de alguns impostos de importação que incidem hoje sobre a linha da Xiaomi.

A Xiaomi, vale lembrar, retornou ao Brasil no ano passado, através de uma parceria com a DL Eletrônicos e da comercialização apenas de produtos importados. Desde então, a companhia expandiu consideravelmente sua operação por aqui, e já conta com duas lojas físicas, ambas em São Paulo. A empresa ainda planeja a abertura de mais lojas físicas próprias em outras cidades e regiões, mas ainda não anunciou os planos de expansão.