Travis Kalanick, co-fundador da Uber, demitiu-se oficialmente do cargo de CEO nesta terça-feira (20) por pressão de investidores da companhia, confirmou o The New York Times. O executivo estava afastado do cargo desde a semana passada, mas não era claro se a medida seria temporária ou permanente.

Apesar do crescimento vertiginoso da companhia, a gestão de Kalanick passou por um período turbulento nos últimos meses, com uma série de crises internas que mancharam a imagem da companhia junto a consumidores, motoristas e colaboradores. Entre os escândalos estão as postagens da engenheira Susan Fowler, ex-funcionária que revelou a cultura machista e casos de assédio dentro da Uber, e também o processo que envolve um ex-executivo da companhia, acusado de roubar documentos confidenciais da Waymo, empresa de carros autônomos da Alphabet, grupo do Google

Agora, a companhia começa oficialmente sua busca por um novo CEO. Entre os nomes ventilados estão Tom Staggs, ex-COO da Disney, e Helena Foulkes, da CVS. Kalanick continuará como um dos membros do conselho de diretores da empresa, no entanto. 

Eu amo a Uber mais do que qualquer coisa no mundo e neste momento difícil na minha vida pessoal eu aceitei o pedido dos investidores para me afastar para que Uber possa voltar a construir em vez de se distrair com outra luta”, afirmou Kalanick ao jornal. 

Travis sempre colocou a Uber primeiro. Esta é uma decisão ousada e um sinal de sua devoção e amor pela Uber”, disse a companhia em um comunicado divulgado.