O exército dos EUA anunciou na última sexta-feira (3) que assinou um contrato de 10 anos com a Microsoft para produzir um novo visor aprimorado para os capacetes dos soldados norte-americanos baseado no headset de realidade mista Hololens, no valor de US$ 22 bilhões.

Segundo o contrato, o objetivo do projeto IVAS (sigla para Integrated Visual Augmentation System) é desenvolver e testar "uma plataforma única que os soldados podem usar para lutar, simular e treinar". A Microsoft afirma que o novo visor vai "ser uma plataforma para manter os soldados seguros e torná-los mais efetivos". A empresa vai fornecer ao exército dos EUA mais de 120 mil aparelhos ao longo da próxima década.

O sistema "ampliará os sensores de alta definição de visão noturna, térmicos e sentidos do próprio soldado, integrados em um HUD unificado que fornece percepção situacional aprimorada, engajamento com alvos e tomada de decisão informada necessária para obter a vitória contra adversários atuais e futuros", disse o exército dos Estados Unidos.

Não é o primeiro contrato do tipo firmado entre a Microsoft e as forças armadas norte-americanas: em 2019, a empresa assinou uma parceria de US$ 479 milhões para fornecer protótipos para o mesmo sistema, e em março deste ano, a empresa firmou outro contrato no valor de US$ 10 bilhões para renovar a infraestrutura de TI do Pentágono. 

A parceria entre Microsoft e as forças armadas norte-americanas não agrada todos os funcionários da empresa: desde 2019, o grupo Microsoft Workers 4 Good protesta contra estas decisões.