A operadora Oi passa por uma crise financeira e uma eventual falência da operadora poderia deixar mais de 2 mil cidades do Brasil sem internet ou telefone. Os dados vêm de um levantamento do Governo Federal obtidos pelo jornal O Globo (via Tecmundo).

De acordo com o documento, o "apagão" poderia deixar 2.051 municípios sem estes serviços pois, nestes locais, a Oi é a principal operadora da região, atuando sozinha ou até mesmo alugando parte de sua infraestrutura para uso da concorrência. No total, 46 milhões de linhas de telefone celular, 14 milhões de linhas de telefone fixo e 5 milhões de pontos de acesso à internet por cabo seriam afetados.

A crise da Oi tem origem no início dos anos 2010, quando a operadora adquiriu a Brasil Telecom, contraindo as dívidas da empresa. Isso aconteceu novamente quatro anos depois, quando a companhia se fundiu com a Portugal Telecom e adquiriu mais uma dívida, desta vez em euros.

Os rombos sucessivos levaram a empresa a acumular uma dívida de R$ 64 bilhões, a maior do Brasil. Com isso, a Oi pediu para entrar em processo de recuperação judicial em 2016. Nesta situação, a operadora precisa propor uma forma de pagamento aos seus credores, com auxílio da Justiça. Entretanto, o governo e a Oi ainda não chegaram a um acordo sobre o plano de recuperação, o que levou a Advocacia Geral da União e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a maior credora da Oi, a intervirem.

A proposta deve ser analisada pelos credores nesta segunda-feira (23), com uma nova convocação em 27 de novembro. Caso as duas partes não consigam entrar em um acordo, a empresa tem sua falência decretada.