Thomas "Brolynho" Proença não é estranho para os fãs brasileiros de eSports e de Street Fighter V. Dominando o ranking da América Latina da Capcom Pro Tour e já classificado para a Capcom Cup 2017, o carioca recentemente acumulou excelentes resultados fora do país — principalmente a 17ª colocação no Brooklyn Beatdown e o 25º lugar no EVO 2017.

Agora, o brasileiro se prepara para o desafio da temporada: o Mundial promovido pela Capcom anualmente nos Estados Unidos. O The Enemy conversou com o jogador durante o Treta Championship LATAM 2017, em Curitiba, e ele comentou alguns dos aspectos que melhorou nos últimos meses para esse grande desafio ao lado dos melhores do mundo.

"O principal para se jogar um torneio bem é a confiança no seu jogo", explicou. "Você saber que está contra aqueles caras, eles são fortes e você realmente pode 'matar' esses caras. O primeiro aspecto é a confiança. Eu posso realmente ganhar de qualquer um. Não importa, até mesmo o Tokido", continua.

E ele não para por aí. "O principal aspecto técnico é realmente o ofensivo. O que eu tenho trabalhado é conseguir a ofensiva e finalizar. Não ficar dando chance pra acontecer alguma coisa diferente. E quando não conseguir finalizar, ter calma pra controlar o jogo e acabar com ele. Esse é o principal aspecto do jogo que eu tenho trabalhado e melhorado".

Ele lembra que, nas últimas participações internacionais, ele já conquistou o respeito de muitos jogadores de peso. "Eu sinto que as pessoas têm realmente receio de me enfrentar, mesmo os caras mais fortes. Até o Kazunoko quando me enfrentou ele ficou 'não sei o que fazer contra esse cara no neutro'. Eu tô mais confiante, vamos ver como eu vou me comportar na Capcom Cup", completa.

Recentemente, Brolynho e mais três jogadores brasileiros realizaram um "tour" pela América do Sul para participar de uma série de eventos valendo pontos para a Capcom Pro Tour. "Tenho muitos amigos na América do Sul toda, Peru, Argentina, Colômbia. É bom pra conhecer outros lugares também, mas principalmente dentro do jogo é para enfrentar estilos diferentes, conhecer mais matchs", lembra.

"Por exemplo, aqui no Brasil é difícil ter um Nash como no Chile. Na Colômbia tem um Necalli bom também. Argentina tem uma Cammy boa, mas do Paraguai que viajou para o campeonato. Você enfrenta diferentes tipos de jogo e você ganha experiência de torneio, então são as coisas mais importantes", reforça.

E os resultados dessa temporada estão surtindo efeitos positivos no jogador. "Tô tranquilo, acho que tô mais experiente do que ano passado, mentalmente mais forte. Claro que a Capcom Cup é muito difícil, vão estar todos os caras mais fortes lá, mas eu estou mais confiante do que ano passado. Eu tô trabalhando uns aspectos do meu jogo que eu vi lá em Nova York da última vez que eu fui na ESL".

"As duas vezes que eu perdi lá para Cammy foram quando eu estava jogando melhor no geral que meu oponente, mas eu perdia na hora de decidir, e é algo que eu estou trabalhando no meu jogo", analisa, relembrando da sua ofesiva e pressão no canto. "Vou tentar trabalhar isso bem pra chegar bem na Capcom Cup", finaliza.