Em 2003, no Alabama, Estados Unidos, Devin Moore foi preso por roubo de carro. Na delegacia, agarrou a arma de um policial e disparou fatalmente contra três oficiais. Em agosto deste ano, o júri popular prontamente condenou-o. Sexta-feira passada, o juiz ordenou que Moore, hoje com vinte anos, fosse executado com injeção letal. O caso virou notícia porque o jovem homicida se disse inspirado no jogo Grand Theft Auto.

A vida é um videogame, uma hora você tem que morrer, teria dito ele após a prisão. O álibi parece premeditado. Se a condição de pessoa psicologicamente suscetível fosse aceita, o réu seria encaminhado a uma instituição mental e se livraria da pena máxima. Durante o julgamento, a defesa de Moore também alegou uma infância de abusos físicos. Agora, lhe cabe ainda apelação da decisão do juiz.

Em Grand Theft Auto, sucesso desenvolvido pela Rockstar Games e fabricado pela Take-Two Interactive, o jogador é incentivado a roubar e matar. Como o réu se disse inspirado pelo jogo no PlayStation 2, o leque dos litígios se abriu. As famílias das vítimas atualmente processam a Sony, fabricante do PS2, a Take-Two, a rede de lojas Wal-Mart e a revendedora GameStop por produzirem e comercializarem o jogo.