Recore
é o novo game de Keiji Inafune, o criador de Mega Man. O título está sendo desenvolvido em parceria com o Armature Studio (empresa criada por ex-funcionários do Retro Studios, de Metroid Prime), com direção geral de Mark Pacini.

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"Inafune e eu colaboramos nessa história sobre o fim da humanidade e como seria esse mundo", contou Pacini em entrevista ao Omelete. "E ele adora robôs, você sabe", comentou sobre o criador do Mega Man.

Segundo o diretor, ele e outros criativos que haviam deixado o Retro Studios se reuniram para decidir o que fazer a seguir. "Não sabíamos o quê, mas queríamos trabalhar com desenvolvedores japoneses em um game. Já havíamos trabalhado com a Capcom e tinha sido ótimo. Quando Inafune saiu de lá e abriu sua própria empresa, a Comcept USA, foi o momento perfeito. Tivemos sorte, pois em paralelo a Microsoft nos procurou, querendo fazer alguma coisa conosco também."

Inafune apresentou aos norte-americanos a ideia mais ambiciosa de sua carreira: um jogo ambientado em um mundo em que os robôs são a principal forma de vida e uma menina chamada Joule acredita ser a última humana sobre a Terra. 14 meses depois das primeiras reuniões, enfim conhecemos Recore, um game que Pacini garante que funcionará para todos os públicos. "Não será tão difícil quanto um Mega Man, mas quem gosta de dificuldade também se sentirá desafiado", diz. "Nossa intenção é entregar um jogo no qual você possa passar 5 minutos, se divertir e sair, ou 20 minutos ou talvez 3 horas direto - haverá objetivos micro e macro, para todo mundo", exemplifica.

A jogabilidade, por enquanto, é mantida em segredo, mas o diretor comentou alguns detalhes perceptíveis no vídeo acima, que foi mostrado na E3 2015. "As cores são as almas dos robôs. O jogo é sobre isso, transferir essas almas entre diversos receptáculos. A fisicalidade de Mac, o personagem que acompanha Joule, mudará dramaticamente assim". O controle será em terceira pessoa e a ação será uma mistura de combate e exploração com plataforma, não-linear.

Pacini explica também que o sistema de progressão dos protagonistas envolverá três árvores distintas. A personagem humana, o núcleo de Mac e os receptáculos obtidos. Cada tipo de upgrade será alcançado através de atividades específicas.

"Temos muita sorte que a Microsoft apoiou essa ideia diferente como um exclusivo para o Xbox One", continuou o diretor. "O mercado está em constante evolução, mas há uma certa estagnação nos jogos de grande orçamento. Novas propriedades intelectuais são difíceis de aparecer e ficamos ano a ano com as mesmas franquias tendo continuações. Só os desenvolvedores independentes se arriscam e há uma segregação grande deles na indústria. Há os indies inventivos e os grandes games repetitivos e nada no meio. Espero que Recore tenha sucesso em estabelecer-se aí", conclui.

Recore ainda não tem data de lançamento prevista.