Counter-Strike: Global OffensiveRainbow Six: Siege são dois games de tiro que já conquistam fãs pelo Brasil e pelo mundo. Além de partidas contagiantes por emoção e habilidade, ambos cultivam uma comunidade apaixonada pelo game e um cenário competitivo que cresce exponencialmente com o decorrer dos anos. Afinal, basta ver o sucesso e as conquistas das equipes brasileiras por esses dois jogos.

Apesar de tudo, o posicionamento de suas respectivas desenvolvedoras nem sempre foi a mesma frente aos campeonatos. A Valve patrocina e promove uma série de campeonatos de alto nível em CS:GO que hoje carregam o selo de "Majors", caracterizando os grandes eventos com mais de US$ 1 milhão em premiações.

Além destes, é claro, o cenário esbanja vários torneios organizados por empresas interessadas no ramo, como a ELEAGUE, a ESL e a DreamHack

O Rainbow Six, no entanto, cresceu muito abraçado com a Ubisoft em parceria com a ESL. Em nível internacional, a Pro League foi a grande responsável por movimentar o cenário nos últimos anos e, aqui na América Latina, a divisão regional também buscou trazer outros eventos, como a Elite Six e a Liga Six.

No entanto, no início dessa semana, o cenário competitivo de Rainbow Six soube que o formato das competições mudará a partir de agora. Majors e Minors passarão a integrar o circuito a partir de 2018, além de uma reformulação em ligas regulares dentro da Pro League. Uma manobra que se inspirou no modelo adotado dentro do cenário de Counter-Strike para aumentar as suas atividades nos próximos anos.

Mas, em meio a tudo isso, o que muitos fãs se perguntam é: essa "inspiração" trará um impacto positivo para a comunidade?

Mais campeonatos e partidas profissionais

Naturalmente, esse modelo favorece mais campeonatos durante a temporada. E o melhor de tudo: enquanto os Majors são voltados para o cenário profissional, os Minors abrem portas para times novos competirem e até jogarem contra os grandes nomes. A comunidade não precisa ficar dependente apenas das finais da Pro League para se encontrarem em um evento regional ou internacional.

Basta ver a quantidade de campeonatos que o cenário de CS:GO usufrui durante o ano. Só em 2017, o game viu mais de 17 eventos globais entre finais da ESL One, das temporadas regulares da ESL Pro League, da ELEAGUE e de outros Majors e Minors.

Claro que esse é um ritmo que depende de patrocinadores e eventos, mas a Ubisoft e a ESL têm as condições para mobilizar esse quesito. Mais do que isso, eles já confirmaram o primeiro Major para agosto em Paris, na França.

A própria Pro League será reformada para durar muito mais e trazer mais partidas dentro das regiões. Agora, a liga irá durar seis meses em uma grande fase de grupos e levará os dois melhores de cada região para uma final internacional. São mais partidas durante a temporada, fortificando a competição para os times e o show para os fãs.

A promessa é um cenário movimentado desde os primeiros meses. Isso já é mostrado aos poucos com a próxima edição do Six Invitational em fevereiro, no Canadá. A temporada está iniciando e já temos um grande campeonato reunindo os melhores do mundo em um só evento — e o detalhe fica para quatro equipes brasileiras nessa competição.

Tudo isso reflete em uma verdadeira "revitalização" dentro do ecossistema do Rainbow Six que, com esses últimos anos, viu a necessidade de comportar mais eventos e partidas profissionais ao longo do ano. Agora é a oportunidade para o jogo crescer e, mais ainda, o cenário brasileiro levar grandes estrelas lá para fora — exatamente como acontece atualmente com o Counter-Strike.