Uau! É raro ter um ano com uma frequência tão grande de títulos de qualidade como foi 2017. De janeiro a dezembro tivemos lançamentos incríveis, dos gêneros mais variados, que certamente agradaram fãs de todo tipo e indicaram caminhos de sucesso para seguir em 2018 e além.

Pessoalmente, gostei muito da combinação de nostalgia com inovação que marcou temporada. Séries consagradas do passado voltaram com novos truques na manga e a reverência nostálgica que muitos criadores de games têm também serviu como trampolim para produções incríveis.

Listo abaixo os meus cinco jogos preferidos em 2017.

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The Legend of Zelda: Breath of the Wild

Começo já com o meu jogo favorito do ano e o único que coloco na condição de 'Campeão' - todos os outros considero em igual nível de qualidade.

A nova aventura serviu de estreia do Switch, despedida do Wii U e cartão de visitas da Nintendo ao lidar com um dos gêneros mais populares dos últimos anos: games de ação em mundo aberto. Breath of the Wild destila a essência desse estilo e apresenta o mínimo necessário com o capricho que aprendemos a esperar da Nintendo.

Mario + Rabbids: Kingdom Battle

Confesso: quando vazaram os primeiros rumores de um jogo misturando Mario e Rabbids, eu torci o nariz. Não via como a combinação podia resultar em algo além de uma coletânea de minigames ou jogo de aventura genérico, mas felizmente eu estava errado!

Alguém lá dentro da Ubi, mais especificamente o produtor Davide Soliani e a equipe dele, viram oportunidade para criar um jogo de estratégia ao estilo XCOM com a improvável combinação.

O time ousou e acertou. Kingdom Battle tem muita qualidade e originalidade.

Super Mario Odyssey

Enquanto Zelda optou pelo caminho da inovação o mantra de Super Mario Odyssey foi a tradição. O jogo assumiu abertamente o legado de herdeiro direto de Super Mario 64 e fez honrar essa promessa com uma aventura épica, cheia de mundos e brincadeiras divertidas.

Variedade é palavra-chave nesta epopéia, com mundos diversos e até um imenso guarda-roupas para mudar o visual do Mario. A cereja no topo do bolo é a jogabilidade, precisa e gostosa como sempre foi nos jogos 3D do herói da Nintendo.

Sonic Mania

Durante anos os fãs mais antigos do ouriço da Sega pediam por uma aventura à moda antiga do herói (os dois episódios de Sonic 4 até tentaram, mas passaram longe, longe...) e depois de ver o resultado de Sonic Mania é difícil imaginar por que demorou tanto.

A Sega convocou, literalmente, uma equipe de talentosos fãs do Sonic (incluindo o brasileiro Lucas 'Midio' Carvalho!) que deu vida a esta aventura nova, mas também um bocado nostálgica, que captura perfeitamente o espírito da era de ouro do Mega Drive.

Cuphead

Promessa do início de vida do Xbox One, Cuphead enfim chegou e impressionou. O estilo de animação do início do século passado dá vida de forma nunca vista a um videogame, resultando em uma experiência interativa que sim, é um jogo eletrônico, mas também é um desenho animado na interpretação mais literal do termo.

O passado é homenageado não só na arte: os run 'n' gun carne de pescoço, como Contra e Metal Slug, servem também de referência para um dos jogos mais divertidos e desafiadores deste ano.