Em uma série de tuítes publicados neste final de semana, o artista e ex-funcionário da Naughty Dog David Ballard afirmou ter sido vítima de assédio sexual dentro da companhia – o que levou à sua demissão quando tentou reportar o episódio para superiores.

Nas postagens, Ballard, que trabalhou em jogos da série Uncharted e em The Last of Us, indica que tentou levar o episódio ao setor de recursos humanos da Sony, mas que acabou demitido no dia seguinte, quando a companhia indicou que sua posição não era mais necessária.

"Em fevereiro de 2016, tive uma crise no trabalho e o departamento de recursos humanos se envolveu. Quando falei sobre o assédio, eles encerraram a ligação e me demitiram no dia seguinte. Eles citaram que a empresa estava indo em uma direção diferente e que meu trabalho não era mais necessário", escreveu.

Ainda segundo o artista, a desenvolvedora e a companhia tentaram oferecer a quantia de US$ 20 mil para que ele não discutisse o episódio publicamente – o que foi recusado pelo artista.

Estou falando [sobre o caso] agora por causa da força que vi em outros falando sobre suas experiências na indústria de TV/Filme”, indicou Ballard.

Como resposta à série de postagens, a Naughty Dog e Sony divulgaram um comunicado em que afirmam que não encontraram evidências sobre o caso indicado pelo ex-funcionário, reforçando que levam alegações de assédio sexual a sério.

Assédio e condutas inadequadas não têm lugar na Naughty Dog e na Sony Interactive Entertainment. Nós sempre levamos muito a sério os relatos de assédio sexual e outras queixas no local de trabalho”, escreveram as empresas. “Valorizamos cada pessoa que trabalha na Naughty Dog e na Sony Interactive Entertainment. É de suma importância para nós que possamos manter um ambiente de trabalho seguro e produtivo que nos permita canalizar nossa paixão compartilhada por fazer jogos”.