Uma nova polêmica formou-se em torno do próximo Call of Duty, Modern Warfare, devido a inclusão de fósforo branco como arma no modo multiplayer.

A divulgação trivial da Activision sobre o item no jogo causou debates sobre ética, uma vez que o uso militar do material incendiário é extremamente controverso.

Criado há cerca de 300 anos, o fósforo branco já foi empregado como veneno, como ferramenta de investigação forense e como granada de fumaça e camuflagem. 

Porém, descobriu-se centenas de anos depois que uma pequena explosão poderia acender esse componente e fazer dele uma arma de queimaduras químicas terrível.

O fósforo gruda na pele e a queima continuamente, derretendo músculos e ossos. A substância pode ser absorvida pelas feridas e ainda queimar os órgãos internos. 

Seu uso militar é um assunto sensível e complexo, sendo criticado por organizações de direitos humanos devido a sua imprevisibilidade e ao risco de atingir civis no processo — algo proibido pela Convenção de Genebra.

Respondendo à polêmica, o diretor Geoff Smith disse ao site VG 24/7 que o multiplayer é um playground para os jogadores e não pretende comentar a guerra real. Ele se surpreende com a proporção que a discussão tomou e acha que isso pode ter a ver com o quão realista é o visual do jogo.

O fósforo branco já apareceu em games de guerra outras vezes. O criticamente aclamado Spec-Ops: The Line, por exemplo, comentou as consequências reais de seu uso quando os soldados americanos acendem nuvens de fósforo branco sobre seus inimigos, queimando até a morte centenas de civis no processo.