Depois de ficar mais de um ano disponível em acesso antecipado, Dead Cells chega entregando uma experiência nova e desafiante dentro do gênero Metroidvania, revivido nos últimos meses graças a uma enxurrada de títulos de grande qualidade.

Desenvolvido pelo estúdio francês Motion Twin, Dead Cells não se demora em explicações e coloca rapidamente o jogador no meio de ação.

No comando de uma figura misteriosa, que morre e revive, o objetivo é explorar uma espécie de castelo decadente cheio de monstros dos mais diversos tipos. Felizmente, a variedade de armas no local também é gigante.

A lista inclui espadas, adagas, arco-e-flecha, escudos, granadas e armadilhas de muitos tipos. Todas em perfeita sintonia com os controles ágeis e precisos, que dão o tom do desafio do game.

O protagonista da aventura responde aos comandos com agilidade, tornando um prazer realizar qualquer golpe e movimento, especialmente a esquiva, essencial para lidar com os inimigos e chefes mais difíceis.

Ao longo do caminho é possível aperfeiçoar armas, adquirir novos equipamentos e até mesmo habilidades, mas a jornada não é fácil. Na mesma medida em que Dead Cells te dá ferramentas e controles confiáveis para encarar o que vem pela frente, a artilharia é pesada.

Cada novo cenário traz inimigos novos, com padrões de ataques diferentes e outras surpresas que praticamente obrigam a jogar várias e várias vezes para aprender como se comportam. Além disso, o jogo incentiva exploração e rapidez para conseguir encontrar salas com mais armas e tesouros. Ainda assim, os combates são o foco da brincadeira, muito mais do que a exploração.

O que poderia se tornar tarefa repetitiva ganha ares renovados graças aos cenários remixados a cada partida. Não se tratam de cenários completamente aleatórios: o jogo dispõe de trechos específicos que são sempre arranjados de formas diferentes. Jogar repetidas vezes cria sim um certo senso de familiaridade, mas é impossível saber exatamente o que vem pela frente.

Tudo isso é embalado em lindos gráficos pixelados que remetem à era 32-bits, com diversos detalhes nos cenários e personagens e, especialmente, animações muito fluidas.

Em meio a um gênero em alta, tão explorado nos últimos meses por uma grande lista de títulos indies de imensa qualidade, Dead Cells apresenta uma experiência cheia de desafio e ar renovado.

Nota do crítico