Alvo de críticas por inúmeros desenvolvedores e trabalhadores da indústria dos games, a cultura do crunch foi um dos temas discutidos por Mike Morhaime, co fundador e ex-CEO da Blizzard, durante uma participação na conferência GameLab, realisada nesta semana em Barcelona, na Espanha.

Questionado sobre o tema pelo Eurogamer, o desenvolvedor classificou a prática como "insustentável", mas também avaliou que a Blizzard não teria sido tão bem-sucedida se não fosse pelas longas horas trabalhadas por seus funcionários no início de sua história.

A Blizzard evoluiu definitivamente em torno do crunch”, disse. “No início, trabalhávamos períodos insanos para fazer os jogos. Acho que se você é um pequeno estúdio e depende do sucesso do próximo produto para viver ou morrer, é preciso muito esforço sobre-humano – pelo nós precisamos".

Mesmo atribuindo o parte do sucesso da Blizzard ao crunch do time, Morhaim defendeu acreditar que "há formas melhores de se faser as coisas", e avaliou positivamente transformações da indústria.

"Há muitas empresas que estão se saindo muito melhor hoje em crunches controlados, em que as pessoas não estão trabalhando 24 horas por dia, 7 dias por semana, elas fazendo intervalos, estão dormindo", explicou.