Nesta quarta (5), o MinC (Ministério da Cultura) e a Ancine (Agência Nacional de Cinema) anunciaram sua nova política para o setor de games nacional, com linhas de financiamento e investimento de R$ 35,25 milhões pelo FSA (Fundo Setorial Audiovisual).

Combinado com o investimento de R$ 10 milhões em aceleradoras (também conhecidas como start-ups), no total o setor receberá R$ 45,25 milhões. Pela primeira vez, também serão contemplados projetos envolvendo Realidade Virtual e Realidade Aumentada.

O anúncio da nova estratégia foi feito durante o painel “Novos Investimentos em Games” do evento Unlock CCXP, parte voltada para negócios da feira CCXP 2018.

“O Brasil é atualmente o 13º maior produtor de games do mundo, ao mesmo tempo que tem a terceira maior população de jogadores do planeta, com 66 milhões de pessoas. É essencial investir neste promissor mercado, valorizando inclusive a diversidade de produção criativa brasileira, o que estamos fazendo ao promover cotas regionais nos editais”, disse o ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão.

Os investimentos serão divididos em 3 editais: Produção - Seletivo, Produção - Fluxo ContínuoComercialização - Fluxo Contínuo.

Em Produção - Seletivo, onde serão destinados R$ 16,75 milhões, os investimentos serão divididos em três modalidades.

“A Modalidade A, no valor total de R$ 9 milhões, prevê aporte máximo de R$ 3 milhões por projeto”, diz o anúncio da Ancine. “Na Modalidade B, com valor total de R$ 6,75 milhões, o investimento será de R$ 750 mil por projeto. Já a modalidade C, com valor total de R$ 1 milhão, será voltada para projetos de acessibilidade, e disponibilizará no máximo R$ 500 mil por projeto.”

A divisão das cotas serão semelhantes a de outras iniciativas da Ancine: 30% para projetos das regiões Norte, Nordeste ou Centro-Oeste, 10% para projetos da região Sul e estados de Minas Gerais e Espírito Santo.

Produção - Fluxo Contínuo, por sua vez, disponibilizará R$ 10,5 milhões, e é voltada para projetos que pretendem complementar investimento de capital privado ou aumentar seu escopo, com máximo de R$ 1 milhão por item.

Comercialização - Fluxo, voltada para a distribuição e comercialização de games, receberá o financiamento de R$ 8 milhões, em que o aporte máximo será de 50% do total de itens financiáveis, e permitindo o self-publishing.

“[...] A indústria de jogos digitais no Brasil cresce acima da média da economia, o que revela seu vigor e sua capacidade de sustentabilidade, mas também sinaliza a necessidade de uma política pública estratégica, focada na inovação, no empreendedorismo, na internacionalização e na modelagem de negócios”, declarou o presidente da Ancine, Christian de Castro. “Sem detrimento dos projetos, a ideia é focar na capacitação de empreendedores que já se mostraram preparados para competir neste mercado.”