Famoso no Brasil pelo hit indie My Time at Portia, o estúdio Pathea Games lançou nesta semana Ever Forward, um adventure de visual bonito e focado em puzzles para resolver em um mundo 3D.

Distribuído pela GamePlan, o jogo conta a história de Maya, uma garota presa entre realidades que busca recuperar as próprias memórias. Ever Forward chega ao PC pelo preço de 25 reais e tem uma demonstração gratuita para baixar e testar. No futuro, o título terá também versões para PlayStation 4, Xbox One e PC.

O The Enemy teve a oportunidade de convesar com Bin Yang, o próprio diretor do jogo, e também com Quentin Sterling, da equipe de marketing do game, sobre o lançamento de Ever Forward. Confira abaixo como rolou a conversa:

The Enemy: Olá! Obrigado pelo tempo e pela oportunidade de conversar com a gente. Conte um pouco sobre a história do jogo e a protagonista de Ever Forward.

Bin Yang: Nossa personagem principal é uma garota chamada Maya. Um dia ela encontra um mundo estranho, o mundo dos puzzles. Na verdade, esses puzzles são as memórias dela, de fatos, são as memórias ruins da Maya.

E resolvendo os puzzles ela vai recuperando as lembranças e se conhecendo melhor até descobrir todos os segredos.

The Enemy: O jogo é muito focado em resolver puzzles, um tipo de jogo cada vez mais raro de ver hoje em dia. Por que vocês optaram por esse estilo de game?

Bin Yang: Eu sei que não há muitas pessoas que gostam deste tipo de jogo, mas eu pessoalmente acho muito interessante resolver puzzles.

E, sinceramente, acho que nossos puzzles no jogo são muito bons!

Além disso, nossa companhia, a Pathea, achou o jogo interessante e nos deu os meios para criar o game sem muita pressão. Aqui existe uma grande liberdade criativa.

The Enemy: Antes do lançamento oficial do jogo vocês disponibilizaram uma demonstração gratuita e o progresso nesse prólogo pode ser levado para o game final. Por que decidiram lançar esse tipo de conteúdo gratuito?

Quentin Sterling: É algo que funciona bem pra gente de duas maneiras: tem um lado pensando na divulgação do jogo e outro pela comunidade de jogadores, é a primeira vez que fazemos esse tipo de jogo.

Os fãs dos nossos jogos atualmente não são exatamente fãs de puzzles, então já queríamos lançar algo o quanto antes e pegar opiniões e feedback as pessoas.

Isso ajudou muito, o produto final vai refletir muito das opiniões enviadas pelos fãs que jogaram o Prólogo. A gente quer fazer o que a gente quer, mas também algo que as pessoas gostem.

Outra parte importante é preparar a equipe para publicar esse tipo de jogo, é a primeira vez que a gente faz isso, então o prólogo gratuito serve como um bom treino.

A gente cometeu erros, e ainda vai cometer outros pelo caminho, mas aprendemos muito no processo todo e isso ajuda muito na nossa relação com os fãs.

The Enemy: Ever Forward chega com legendas em português do Brasil. Por que vocês optaram por trazer legendas em nosso idioma? Qual a importância do Brasil para a Pathea?

Quentin Sterling: O Brasil tem se tornado cada vez mais importante para nós. My Time at Portia teve resultados muito positivos e sentimos que não conseguimos entregar tão bem quanto a gente poderia.

Dessa vez decidimos fazer direito e dar a atenção que o país merece. De fato, temos um brasileiro que trabalha no estúdio e ele ajudou a equipe de desenvolvimento com muito feedback.

No futuro, pode ter certeza que vamos colocar ainda mais atenção no mercado brasileiro e na América Latina.

The Enemy: Com um jogo tão único em mãos, o que vocês estão mais orgulhosos em Ever Forward?

Bin Yang: Eu tenho realmente muito orgulho dos puzzles. Passei muito tempo trabalhando no design deles e acho que cada pessoa vai ter uma experiência especial e diferente com eles.

Tenho também muito orgulho de todo o time de desenvolvimento, é muito difícil criar um jogo e trabalhar nele por quatro anos, mas conseguimos.