Campeonatos mundiais são locais de vida ou morte profissional, e isso não é uma exceção para Overwatch. Nesta semana, a seleção brasileira segue para uma jornada rumo a Overwatch World Cup 2017, a "Copa do Mundo" oficial da Blizzard — abraçando uma difícil missão nessa trajetória: superar a campanha fraca do ano passado e mostrar o seu valor frente aos países poderosos que estão pelo caminho.

E não faltam motivações para conquistar as vitórias. Com a Overwatch League batendo na porta dos eSports, essa é a oportunidade perfeita para os brasileiros da Brasil Gaming House surpreenderem o mundo todo e mostrarem que o cenário nacional merece uma vaga ou pelo menos ser sondado em toda a estrutura competitiva da Blizzard.

Mas o sucesso é uma caixinha de surpresas que nem sempre dropa a skin que você quer. Há dois fatores fundamentais que podem complicar — e muito — a jornada dos brasileiros. Vamos conversar um pouco sobre cada um deles logo a seguir.

Grandes rivais pelo caminho

Estados Unidos, Taiwan e Nova Zelândia. Esses são os adversários dos brasileiros no grupo G da competição. A distribuição de seleções poderia ser mais perversa: afinal, de todos os representantes asiáticos, Taiwan é um dos mais leves.

Isso não significa que a partida contra os orientais será tranquila. Toda a seleção é composta pela Flash Wolves, uma das maiores organizações de eSport na Ásia. E, levando em contra a proximidade com os grandes times do mundo (China e Coreia do Sul, ambos invictos na classificatória), podemos dizer que eles têm experiência no alto nível de Overwatch.

Outro desafio de peso será os Estados Unidos. Embora mais "quieto" com a espera pela Overwatch League, o cenário é um dos mais quentes e movimentados desde a fase Beta. A seleção não é composta por muitas das estrelas do competitivo do país, mas com certeza dará trabalho aos brasileiros — principalmente em jogadas individuais.

A maior dúvida com certeza está no confronto contra a Nova Zelândia. Embora pouco conhecidos no cenário ocidental, os times da Oceania podem surpreender e também testar os limites dos brasileiros.

E, no melhor dos casos, é preciso pensar em quem enfrentar na partida decisiva das eliminatórias. Comparado com os adversários do grupo do Brasil, somente a seleção alemã é um dos titãs preocupantes — principalmente sob a presença experiente de Dennis "INTERNETHULK" Hawelka.

Mas há chances? Há sim, mas outro fator precisa ser levado em consideração.

O cuidado para não perder contra você mesmo

Todo cuidado é pouco em um campeonato mundial. Erros minúsculos são punidos impiedosamente, ainda mais contra adversários bem estruturados e organizados. É nesse quesito que a Brasil Gaming House deve ter o máximo cuidado.

Minimizar os erros individuais e em equipe será o segundo maior desafio. Inclusive, recentemente, a equipe travou essa mesma batalha contra si mesma nas finais da South America Overwatch Circuit algumas semanas atrás, fazendo uma reviravolta surpreendente contra a Keep Gaming de dois a zero para três a dois.

No meio disso, é possível identificar deslizes e ousadias que não devem ser levados em situações de alto nível profissional — como o avanço ofensivo da D.va aos 4:50 que foi punido e custou segundos e posicionamento preciosos.

Para o alívio da torcida, a equipe mostrou um desempenho muito mais sólido nas finais da Logitech Challenge há poucos dias, derrotando a mesma Keep Gaming por quatro partidas a zero. Isso dá o conforto para dizer que, se há uma equipe para representar o Brasil em um evento internacional nesse momento, essa equipe é a Brasil Gaming House.

O resto está nas mãos do futuro e de seis jovens talentosos. E a nossa torcida está com eles.

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