O juiz Peter Smith decidiu que Dan Brown não plagiou O Santo Graal e a Linhagem Sagrada ao escrever O Código Da Vinci. A decisão encerra o processo aberto por dois dos autores de O Santo Graal, Michael Baigent e Richard Leigh contra a editora Random House.

Publicado em 1982, O Santo Graal e a Linhagem Sagrada defende a tese de que Jesus casou-se com Maria Madalena e o casal deu origem a uma linhagem que existiria até hoje na França. Segundo o juiz, mesmo que Dan Brown tenha copiado alguns temas, eles são muito generalizados para serem objeto de proteção pela lei de direito autoral. O autor de O Código Da Vinci nunca negou ter consultado o livro dos historiadores, mas, alegou que o trabalho deles foi apenas um de uma lista de obras utilizadas como base na criação de sua história.

Embora não fosse o alvo da ação judicial, Dan Brown foi obrigado a depor no julgamento e explicar o processo de criação de O Código Da Vinci. O julgamento foi observado de perto pela indústria editorial e a decisão deve trazer alívio para outros autores que utilizam trabalhos de historiadores como base para suas histórias. A decisão também agrada a Sony Pictures, já que a vitória dos historiadores poderia bloquear a estréia de O Código Da Vinci nos cinemas.

A adaptação, estrelada por Tom Hanks, deve ser um dos grandes sucessos da temporada, com a legião de leitores de Brown comparecendo em massa para conferir a transposição de sua história para a tela. O sucesso pode trazer Hanks de volta ao papel de Langdon caso Anjos e Demônios também seja adaptado para o cinema.

Além de derrotados na alegação de plágio, Baigent e Leigh Haks, enfrentam agora os custos do processo, que chegam a quase dois milhões de dólares. A cobertura da imprensa em torno do caso, no entanto, gerou um aumento na procura por seu livro. Desde o início do processo, em fevereiro, as vendas de O Santo Graal e a Linhagem Sagrada aumentaram seis vezes só nos Estados Unidos. Baigent também acaba de lançar um novo livro baseado em suas teses sobre a vida de Cristo. The Jesus Papers defende a idéia de que Cristo não só foi casado como sobreviveu à crucificação, motivo pelo qual seu túmulo estaria vazio no dia seguinte.

Este é o segundo caso de acusação de plágio contra Dan Brown. Em agosto passado o autor venceu um processo em que outro escritor o acusava de copiar dois de seus livros. As vendas de O Código Da Vinci já atingiram a marca de 40 milhões de exemplares vendidos. A versão em brochura, lançada há poucos dias nos Estados Unidos, já supera 500 mil cópias.

O Código Da Vinci estréia nos cinemas em 19 de maio.

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