2005
começou surpreendente! Ou será que deveríamos dizer que
foi 2004 que deixou tudo de ponta cabeça?
O fato é
que alguns dos candidatos que eram favoritos a ganhar o prêmio de melhor
do ano passado foram deixados para trás. É o caso, por exemplo,
do best seller O código Da Vinci,
que, pela sua popularidade, nós imaginávamos que seria uma barbada.
Foi assim também com a Noiva, que não ganhou
na categoria de Melhor Heroína e com o Homem-Aranha,
que não foi o Herói preferido dos Omelenautas e... até
mesmo com a Xuxa, que perdeu seu posto de
pior do ano!!!
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Quer saber quem
foram os vencedores? Continue lendo... e se surpreendendo! :-)
Em 2004, o cinema brasileiro perdeu público
em relação aos anos anteriores, mas isso não deve ser encarado
apenas como um fato negativo. Tivemos no ano passado um crescente interesse
por um gênero que até pouco tempo ficava restrito apenas a festivais,
o documentário. Prova desta nova tendência foi a eleição
de O Prisioneiro da Grade de Ferro como o melhor filme
nacional.
Esta categoria causou uma enorme dor de cabeça
na Cozinha, pois tínhamos de escolher apenas cinco concorrentes e, assim,
alguns de nossos filmes preferidos acabaram ficando de fora. Por isso, esperávamos
que a briga seria feia. E foi! Mas não do jeito que nós imaginamos.
Kill Bill e Encontros e desencontros dominaram
com larga vantagem em relação aos demais indicados, somando quase
90% dos votos. No final, utilizando a Five Point Palm Exploding Heart Technique,
o filme dirigido por Quentin Tarantino levou a melhor.
Lá em cima, quando falávamos das
surpresas da eleição deste ano, esta categoria e a próxima
foram as causas principais dos nossos queixos caídos. Nós adoramos
ver Harvey Pekar contando sua história em Anti-herói
americano, mas nunca imaginamos que aquele sujeito normal teria
chances contra o Cabeça de Teia, o Ogro verde da Dreamworks, o esponjoso
Bob, ou aquele carinha de boina que estampa 9 em cada 10 camisetas vermelhas
fabricadas no mundo. Mas ele conseguiu! E com MUITA folga! :-)
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Aqui, a nossa única dúvida era
qual seria a vantagem da Noiva sobre as outras concorrentes. Caímos feio
do cavalo outra vez. Vinda do fundo do Oceano e usando uma roupa de astronauta,
a esquilo Sandy, se mostrou na verdade um outro animal, a zebra! No segundo
posto, a incansável Madame Souza mostrou que seu empenho ao lado do cão
Bruno não foi em vão.
Esperamos que neste momento você já tenha visto os dois volumes de Kill Bill pelo menos uma vez. Só assim para entender porque a Noiva queria tanto matar o Bill, como já deixa bem claro o título da quarta aventura dirigida por Quentin Tarantino. Nem mesmo os oito membros do Dr. Octopus foram capazes de chegar perto da maldade do personagem interpretado por David Carradine, que logo na primeira cena dispara um tiro na cabeça de sua pupila preferida, papel feito por Uma Turman. É ou não é tudo o que um vilão precisa ter?
Melhor Programa de TV |
11% |
24 horas |
3% |
Bob Esponja |
7% |
C.S.I.s (Las Vegas, Miami e New York) |
24% |
Dead like me |
55% |
Scrubs |
|
Com um senso de humor refinado, diversas situações non sense e muitas participações especiais, a série Scrubs conseguiu um apoio de mais de 50% dos Omelenautas e levou o título de Melhor Programa de TV de 2004. Nós, como fãs dos doutores J.D., Turk e da loirinha Elliot, só podemos dizer que eles são realmente o remédio ideal contra qualquer tipo de mau humor crônico :-)
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Tivemos um empate inédito na categoria
de Melhor Álbum. Como nós costumamos copiar os grandes institutos
de pesquisa e desconsiderar diferenças menores que 3 pontos percentuais,
podemos dizer que quatro excelentes álbuns dividiram as atenções
de nossos antenados Omelenautas. O mais interessante é notar que cada
um tem um estilo bem diferente do outro. Os escoceses do Franz Ferdinand foram
os "salvadores do rock de 2004", Black Alien surpreendeu com um disco
cheio de ginga e atitude, o hip hop do Outkast fez todo mundo dançar
ao som de "Hey ya" (seria este o hino do ano?) e Fatboy Slim
voltou em grande estilo e também fez todo mundo dançar com o ótimo
Palookaville. Sem dúvida foi um resultado justo.
Ele não só sabe de cor todas as
capitais do mundo e os números primos até 7.507 como derrotou
Hitchcock, Truffaut e Da Vinci. Esse é Christopher Boone, o protagonista
de O Estranho caso do cachorro morto, primeiríssimo
no ranking do Omelete. O genial livro do inglês Mark Haddon
conquistou jovens, adultos e prêmios com a história de um
menino cheio de manias no mínimo estranhas (ele sofre de um tipo de autismo) que
resolve investigar o assassinato do cachorro de sua vizinha. Se você ainda
não sabe quais as cores que Chris abomina, não pergunte a ninguém,
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O gibi com as melhores vendas da Panini Comics foi também o mais votado. Marvel Millennium, com as aventuras do universo Ultimate do Homem-Aranha, X-Men e Os Supremos teve a grande maioria dos votos dos omelenautas com 61%. Em segundo lugar, o mestre do underground Robert Crumb deixou para trás Neil Gaiman e seu 1602. No álbum Blues, a editora Conrad compila diversos trabalhos realizados por Crumb focalizando a música negra norte-americana.
E aqui nós
tivemos mais uma deliciosa surpresa. Todo mundo quase morto
(Shaun of the dead), comédia inglesa que presta homenagem
aos clássicos filmes de zumbis criados pelo mestre George Romero foi
ignorada aqui no Brasil, sendo lançada diretamente no mercado de home
vídeo e com pouquíssimo alarde, sem sequer uma campanhazinha
de divulgação, mas foi considerado o melhor do ano pelos omelenautas.
O DVD será lançado para vendas em abril... espere esta data para
ver entrevistas exclusivas do Omelete, que viu hordas de zumbis idiotas andando
pelas ruas de Londres e parou no Winchester para um pint de cerveja.
:-)
As aventuras de
Jack Bauer (Kiefer Sutherland) são legais de assistir na TV. Mas ficam
melhores ainda no formato de DVD, que permite acompanhar as 24 horas sem ter
que esperar uma longa e dolorosa semana para saber o que vai acontecer nos próximos
60 minutos. Vitória honrosa do policial que mudou a cara das telesséries
na TV.
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Ok, ele pode não ter vencido como Melhor Filme, nem Melhor Herói, mas na categoria Melhor Trailer não teve para ninguém, o Aracnídeo chutou bundas com força e muito estilo. Mas também, quem é que resiste a uma lindíssima ruiva olhando com aquele lindo par de olhos para você e perguntando "você me ama, ou não?" e depois pedindo um beijo? Trata-se, realmente, um trailer destruidor... pelo menos de corações ;-)
A Warner Bros. ofereceu com exclusividade ao Omelete o pôster oficial de Batman Begins aqui no Brasil. Nós ficamos maravilhados com a imagem promocional, uma das melhores já desenvolvidas para o morcegão, levando em consideração todos os filmes. Nossos leitores concordaram e elegeram o pôster internacional do promissor longa metragem como o melhor do ano. Em segundo lugar ficou o também excelente pôster do Bob Esponja, no qual podemos ver mais as suas calças quadradas do que o próprio personagem. :-D
(o)melhor do ano |
25% |
A volta de Quentin Tarantino |
15% |
Enfim, os esperados boxes de Seinfeld, Twin Peaks e a trilogia clássica de Star Wars |
19% |
Reaquecimento da existência de shows internacionais no Brasil |
33% |
O ano em que os documentários mostraram sua força, principalmente com Fahrenheit 11 de setembro, que ultrapassou os 100 milhões de dólares nos EUA |
8% |
O Senhor dos Anéis - O Retorno do Rei ganhando tudo no Oscar 2004 |
|
E finalmente chegamos ao prêmio para o
que rolou de melhor em 2004. E mais uma vez houve uma surpresa. O favorito,
segundo nossa pesquisa de boca-de-urna, era a volta de Tarantino, com seu Kill
Bill. Mas, confirmando a eleição de O
Prisioneiro da Grade de Ferro como Melhor filme nacional, os documentários
provaram mais uma vez que este foi o seu ano! E não foram mesmo poucos
os ótimos documentários que vimos em 2004. A lista vai do sempre
polêmico Michael Moore, passando pelo doente Morgan Spurlock e seu Super
Size Me e continua com Sob a névoa da Guerra,
Na captura dos Friedmans, Motoboy - Vida
Loca chegando até os recém-lançados Entreatos
e Peões... teve mais, quer? Clique
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e confira.
(o)meleca (o pior do ano) |
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Por último, mas não menos importante, chegamos ao grudento, nojento, fétido e putrefato prêmio conhecido como Omeleca, que mostra o que mais deixou os nossos Omelenenautas de mau humor. Nos quatro anos de existência da eleição, a Rainha dos Baixinhos (e do cinema tosco) dominou tranqüila e se tornou a única tetracampeã, fato que deveria forçá-la a melhorar a qualidade de seus filmes... mas não, pelo que vimos este ano em Xuxa e o tesouro da cidade perdida, nada mudou. Nada mesmo... nem aqui, nem nos Estados Unidos, onde George W. Bush foi reeleito, para o desespero de 49% dos nossos leitores e do mundo! :-(