Na noite dessa última terça-feira, dia 15 de setembro, ocorreu a decisão da segunda vaga para saber quem representaria a América Latina no Campeonato das Américas de Hearthstone, realizado em San Francisco. Vinicius “Coreia” Pupo ficou com a segunda vaga, sendo que Alexandre “MoleGel” Souza já estava confirmado, pois se classificou na noite do dia 14 de setembro.

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Além da força do Brasil no jogo de cartas da Blizzard - já que os dois finalistas da Copa América são brasileiros - outro fator chama atenção no jogador MoleGel: com apenas 14 anos, ele conseguiu superar mais de 40 adversários - entre eles, por exemplo o Leo ''leomane'' Almeida, que já foi até a Coréia em um time com três outros melhores jogadores do mundo para o Hearthstone Masters Especial da Coréia.

Sendo assim, o Omelete conversou um pouco com Alexandre para saber mais sobre esse jovem talento.

Você joga Hearthstone desde quando?
Eu criei a conta em maio, mas jogava uma vez por semana. Comecei realmente a tentar pegar lendário e coleção em setembro de 2014, e levei a sério mais ou menos em março desse ano.

E antes disso, você jogava outras coisas?
Jogava coisas mais casuais, alguns FPS, RPG's entre outros jogos populares, mas era só para brincar mesmo.

Qual a sua rotina de treino?
Bom, eu apenas jogo todo dia depois das 20 h, não é nenhuma rotina massante, jogo no tempo livre mesmo.

Como você se sente estando à frente de jogadores mais velhos e que se dedicam ao jogo de forma mais intensa?
Não me sinto à frente de ninguém, todos os jogadores de nível alto tem um gameplay bem parecido, acredito que todos nós que chegamos nos últimos estágios da qualificatória temos skill bem semelhante. Porém na questão da idade, me sinto bem feliz, pois mesmo com 14 anos consigo competir com adultos.

Você vê um futuro como jogador profissional?
Eu penso nisso como um plano B, porém tenho bastante expectativas sobre me profissionalizar. Mais pra frente o cenário de e-sports vai ser tão grande, que não será tão impossível de se sustentar.

Quais são os incentivos que você recebe para jogar?
Bom, eu recebo uma verba bem razoável, não é grande coisa mas me ajuda um pouquinho.

Como estão as preparações para ir aos EUA representar o Brasil?
Estou correndo atrás de visto basicamente. Mas fora isso, vou continuar treinando como sempre, só que agora com uma certa obrigação.

Existe uma certa pressão por representar o país?
Não muito, realmente é uma responsabilidade grande, mas acredito que não tenho que ter medo de lá fora, vou dar o meu melhor.

E o que vocês faz nas horas vagas?
Quando não estou estudando estou jogando Hearthstone, quando não estou jogando estou estudando, é basicamente isso. Só nos fins de semana que distraio um pouco.

Alguma vez deixou de estudar para jogar?
Algumas vezes faltei aula pra jogar algum campeonato muito importante, mas eu consigo equilibrar bem estudos com o Hearthstone.

Sendo um jogador muito novo, com apenas 14 anos, como seus pais lidam com essa situação?
Me apoiam 100%, sempre estão me ajudando e torcendo por mim. Eles sempre me acompanham na escola, enquanto não dou nenhum trabalho eles me liberam pra fazer esse tipo de coisa.

O que você espera dos confrontos em Nova Iorque?
Tenho grandes expectativas para NY e vou dar o meu melhor para me classificar para a Blizzcon.

Como você vê o cenário brasileiro de Hearthstone comparado ao cenário internacional?
O cenário brasileiro está muito forte, temos vários jogadores de ponta que conseguem competir de igual para igual contra os players de lá fora.

Por fim, gostaria de dizer algo para os jogadores novos, algum incentivo?
Que não desistam, não importa o quanto você vai estar escondido, uma hora você alcança um grande resultado e se destaca.

O Campeonato das Américas de Hearthstone será em San Francisco, nos dias 10 e 11 de outubro. Lá será a decisão para saber quais serão os quatro finalistas que irão competir no Campeonato Mundial, que será realizado na Blizzcon, nos dia 7 e 8 de novembro na Califórnia.