Confesso que não sabia muito bem o que esperar do Video Games Live

Video Games Live 2008

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. Já conhecia "de nome" o evento, mas ainda não tinha rolado a chance de acompanhar ao vivo o que é uma orquestra tocando temas clássicos de videogames desde o Pong
até os contemporâneos Halo e God of War . E quer saber? Adorei a experiência.

Tudo bem que ajudou muito tudo isso ter acontecido no Rio de Janeiro (cidade que continua maravilhosa) e ainda fazer parte de um Concurso Cultural feito em parceria com a Petrobras, que levou três omelenautas (um de Sergipe, outro de Santa Catarina e o terceiro de São Paulo) para curtir junto com a gente não só o VGL, mas ainda andar pelos bastidores para conhecer Tommy Talarico e o maestro Jack Wall, dois dos maiores compositores de trilhas de games da atualidade e idealizadores do projeto.

O show de abertura ficou por conta da banda Megadriver, que fez o seu papel e aqueceu o público para o que viria depois. Mas sem querer pegar muito no pé dos rapazes, acho que é um pouco exagerada toda aquela atitude de roqueiro para quem está no palco tocando versões rápidas e pesadas de trilhas de videogame. Rock 'n Roll não é só balançar as madeixas e esticar o braço para cima com os dedos das pontas levantadas. Rock 'n Roll é diversão, gente!

Logo depois do concurso de Cosplay, a Orquestra Petrobras Sinfônica subiu ao palco acompanhada de Jack Wall, que se apresentou e começou a balançar sua batuta, regendo não só os músicos, mas coordenando-os com o vídeo que era mostrado no telão, o tataravô de todos os videogames, Pong. Mas quem comanda mesmo festa é Talarico, que é um MC de mão cheia, o legítimo showman. Logo no início já foi "ganhando" a platéia, dizendo que já viajou por todos os cantos do mundo, mas que não há lugar como o Brasil e platéia melhor do que a carioca. O público respondia a cada clássico que era tocado, de Frogger e Donkey Kong a Mario e Sonic passando por Halo e Final Fantasy. E quando eu digo "responde" eu quero dizer "canta, bate palma e grita", obedecendo às ordens do chefe, que desde o início avisou que aquilo não era um concerto normal. Não podia estar mais certo. Desde a última Copa do Mundo que eu não via pessoas tão empolgadas com cada cena mostrada no telão.

E como videogame é também um instrumento de interação, o show teve ainda os momentos em que pessoas do público sobiram ao palco para jogar e concorrer a prêmios. No primeiro, uma moça virou a nave defensora do Space Invaders, andando no palco de um lado para o outro, tentando salvar o planeta apertando um botão enquanto sensores captavam sua movimentação no palco. No intervalo, duas pessoas travaram uma corrida no game Speed Racer valendo um Nintendo Wii. E por último o campeão de Guitar Hero do evento subiu ao palco para um desafio: tocar "Sweet Emotion", do Guitar Hero Aerosmith no "Hard" e somar 140 mil pontos enquanto Talarico o acompanharia com uma guitarra de verdade (com o desenho do Pong na sua parte traseira). O problema é que o garoto subiu no palco e também no salto alto e decidiu tocar no modo "Extreme". Foi vaiado (no game) depois de ter completado espantosos 92% da música.

Depois do show (e do bis), fomos aos bastidores. Ramon, Fernando, Helio e acompanhantes, e eu, além do Arthur (Petrobras) pudemos conversar com Jack e Tommy por um tempo. Os três vencedores do concurso ganharam camisetas autografadas, tiraram fotos e puderam fazer perguntas, como você pode ver no vídeo a seguir, que mescla cenas do show com o nosso bate-papo. Veja abaixo em uma versão do YouTube ou em Quicktime na galeria de vídeos (necessário plugin).



(o)gradecimento especial da Cozinha a Arthur e Claudio por tudo o que fizeram e parabéns aos três criativos Omelenautas que ganharam o Concurso Cultural