Batman não é mais o técnico da Noise, time de Free Fire emulador da LOUD. O treinador teve a sua saída anunciada na última segunda-feira e se colocou aberto a propostas no mercado.

Em entrevista exclusiva ao The Enemy, Batman comentou sobre a sua saída da organização e o período que esteve à comissão técnica da Noise. O técnico ainda falou sobre o futuro e a vontade de voltar treinar uma equipe da Liga Brasileira de Free Fire.

Batman, embora nada feliz com sua saída da equipe, deixa o time de cabeça erguida, uma vez que entregou tudo de si até o último momento que vestiu a camisa da LOUD. 

Fazia um tempinho que algumas coisas na equipe não se encaixavam, então no final das contas acredito que foi o melhor para ambos os lados. Desejo toda sorte do mundo e sucesso à equipe, porque gosto demais dos meninos lá”, refletiu o treinador. 

O técnico acredita que a falta de sinergia foi o problema que mais afetou a equipe nos últimos sete meses: “O que acabou dando errado foi a falta de sinergia da equipe em alguns momentos. Tínhamos peças muito boas individualmente, mas não conseguimos encaixar como força de grupo. Por várias vezes, perdíamos partidas por algumas tomadas de decisões individuais, que prejudicavam nossos resultados”. 

Para o treinador, a cobrança por resultados imediatos também atrapalhou o desenvolvimento da equipe.

Todo mundo se cobrava por resultados internamente e isso acabou fazendo com que a importância do processo para chegar nesse resultado fosse deixado um pouco de lado. Acredito que por alguns momentos, pensar demais nos resultados nos fez esquecer do que era necessário para alcançá-los e acabamos nos perdendo nesse caminho”, continuou.

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Batman no comando da Noise na Copa NFA Season 4 (Foto: Divulgação/ABCM Agência)

Batman chegou na Noise meses antes das contratações de Dionis e Next, que chegaram com muitos expectativas após terem sido campeões de praticamente tudo com a Dragões. Em contrapartida, o elenco estava sofrendo com as baixas de Jordan e Lzinn, que foram fundamentais para a Noise nos tempos de ouro da equipe.

O treinador admite que, se pudesse voltar atrás, teria buscado integrar Jordan e Lzinn no elenco: “Os dois jogadores são os melhores das suas posições no Brasil e não consegui ter muito contato com eles”, lamentou. 

De fora da equipe, Batman diz que o mais importante agora é a equipe se unir, independentemente de quem assuma a sua função. O atual técnico da RED CanidsKnight, que trabalhou com Dionis e Next na Dragões, é o nome mais cotado para a vaga. 

O mais importante para o time agora é se unir. A equipe é muito boa, tem uma estrutura incrível e uma staff maravilhosa. Falta somente os jogadores se unirem ainda mais, porque tenho certeza que eles são capazes de conseguir muitas coisas boas juntos”, comentou Batman.

O futuro e um possível retorno ao cenário mobile

Batman coloca o seu futuro como “incerto”, mas admite que recebeu várias propostas desde que manifestou sua saída da LOUD, onde teve a sua primeira experiência treinando um time emulador. O treinador esteve à frente da INTZ no passado e também lidou com várias situações difíceis, o que o leva a crer que ele está preparado para qualquer tipo de situação nesse momento. 

Mesmo com o futuro indefinido, o sonho de Batman é voltar a comandar uma equipe na Liga Brasileira de Free Fire.

Gosto muito da sensação de estar disputando a maior liga de Free Fire do mundo, toda a tensão de chegar às finais e também de fazer parte da rotina de um jogador mobile, onde a gente consegue trabalhar melhor alguns pontos específicos de melhora de cada jogador”, disse o técnico, que terminou a entrevista levantando as principais diferenças entre os cenários mobile e emulador.

A principal diferença [entre os dois cenários] é a rotina. A rotina dos jogadores emuladores normalmente começa mais tarde porque os jogadores dormem mais tarde do que o mobile e isso acaba prejudicando um pouco o rendimento em competições que são na parte da tarde. Acredito que o cenário de emulador é bom pela quantidade de campeonatos, torcida, engajamento. É um cenário que tem aprendido muito com os mobiles após as atualizações e requerimentos da Garena”, completou.