Um dos maiores nomes do FPS brasileiro, a pro player de VALORANT na norte-americana Evil Geniuses (EG), showliana, quer voltar a atuar no Brasil, mas não por agora. Em entrevista exclusiva ao The Enemy durante o VCT LOCK//IN, a pro player de 30 anos ainda falou sobre a experiência no cenário da América do Norte e confirmou que, recentemente, três jogadoras brasileiras realizaram testes para integrar a line-up inclusiva da EG no jogo.

O plano perfeito de showliana é encerrar a carreira no Brasil. Para ela, seria o fechamento do ciclo com chave de ouro, já que fez história atuando no país. A jogadora, no entanto, ainda acredita ter “lenha para queimar” no cenário competitivo internacional.

“Eu gostaria muito de me aposentar aqui [no Brasil]. Acho que seria um fechamento bonito para tudo que eu fiz, e seria uma realização pessoal para mim porque eu tenho muita vontade de voltar a jogar no Brasil. Mas eu tenho noção do privilégio que é estar onde eu estou. É difícil só largar tudo e ir jogar no Brasil só porque é de onde eu vim. É difícil romantizar isso também. Enfim, tem muitas coisas que quero fazer ainda na minha carreira. Eu sinto que estou em uma idade que a galera fala que é de aposentar, mas eu não me sinto nem perto de aposentar. Acho que ainda tenho nível para competir onde estou competindo”, afirmou.

Há cerca de três anos na América do Norte, showliana acredita estar mais adaptada no cenário, mas ainda assim revela que pensou em voltar ao Brasil em 2022. Ainda assim, a jogadora é só elogios para a EG. “É a melhor organização que eu já estive. Me sinto muito bem tratada e acolhida. Eles [EG] mostram que realmente se importam”, disse.

“Pensei várias vezes [em voltar pro Brasil]. Foi um sentimento que veio bem forte no ano passado [2022]. Por mais que eu esteja lá e faça parte, sempre tem o sentimento de que eu não sou de lá e que eu gostaria estar aqui defendendo o meu país. Eu vi as meninas defendendo o Brasil e me dava aquele gostinho de que eu já fiz isso. Hoje em dia as pessoas não têm mais os mesmos olhos que tinham em mim no passado. Eu sinto muita falta desse contato com o público e de ter uma proximidade com as pessoas que gostam de me assistir jogando. O fato de morar fora também é bem solitário. Isso tudo foi antes de entrar na EG, quando eu ainda estava na Dignitas”, explicou.

Para 2023, a EG decidiu trocar a line-up inclusiva de VALORANT e manteve apenas showliana, Stefanie e Theia na equipe. Perguntada sobre a informação apurada pelo The Enemy de que jogadoras brasileiras haviam feito testes na organização norte-americana, showliana confirmou e explicou o porquê de não ter dado certo. 

“A gente teve uma troca de line-up recente e chegamos a testar três meninas brasileiras. A questão da linguagem foi a maior barreira. Não tem como falar que não atrapalha. É um jogo de reação muito rápida e, se as pessoas não estão entendendo e não estão na mesma página, às vezes vira um caos. Seria muito legal ter uma brasileira e eu tentei fazer acontecer. Chegou até perto, mas a gente fechou nosso time e eu sou a única brasileira mesmo”, concluiu.

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O Game Changers NA 2023 está previsto para começar apenas no dia 7 de abril com a fase classificatória. No Brasil, por outro lado, o principal torneio do cenário inclusivo de VALORANT já está a caminho do terceiro e último qualificatório - marcado para ocorrer de 28 de fevereiro a 6 de março.

*Jairo Junior colaborou nesta reportagem.


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