O auge não fez bem para o Corinthians. Desde que conquistou o principal título nacional e, na semana seguinte, ganhou o mundo, o Timão não é mais o mesmo no Free Fire. O histórico rende duas trajetórias que, embora diferentes, refletem a instabilidade que ronda o elenco, um dos mais completos do país, hoje formado por Nobru, Fixa, Japa, Pires, Nego e Nappon.

Depois de um início de temporada fraco com os tropeços na Copa América e primeira etapa da Liga Brasileira de Free Fire (LBFF), o Corinthians se reforçou e entrou com boas expectativas para com a C.O.P.A. Free Fire. Rafael “Nappon” e Nathan “Nego” integraram a equipe, que por sua vez, perdeu Samuel “Level Up”, peça importante no domínio protagonizado no final do ano passado.

Insatisfeito com o resultado mais recente do Coringão, Douglas “Pires” conversou com o The Enemy sobre o Corinthians na C.O.P.A. Free Fire e garantiu que mesmo com o baixo rendimento da equipe, foi possível absorver aprendizado o suficiente para trabalhar bem nas competições que estão a caminho.

Sempre buscamos a taça, isso é fato. Ficamos insatisfeitos com a colocação que terminamos (na C.O.P.A. Free Fire), mas tanto o Nego quanto o Nappon foram importantíssimos para o nosso desenvolvimento e nos auxiliaram com pontos de vistas diferentes, além de trazer um novo ar para a equipe, que é algo bem importante”.

Eu não posso ir a fundo e falar o que exatamente aprendemos por motivos estratégicos, mas já garanto que a nossa volta vai ser muito mais forte”, continuou.

Depois de um início em alta, com boas apresentações, o Corinthians caiu. Fechou a fase de pontos na 6ª colocação e amargou o 10º lugar na grande final. Pires não acredita que ter um elenco recheado de bons nomes tenha atrapalhado o Corinthians, que durante a competição foi uma das equipes que mais trocou de jogador durante as partidas.

Ter uma equipe maior pode sim trazer problemas, mas apesar dos resultados acredito que ter um elenco robusto nos ajudou muito de um ponto de vista estratégico, e também nos treinos, pois possibilita que a gente faça treinos internos com uma facilidade maior”, analisou.

Nappon e Nego, elogiados pelo companheiro de equipe, se tornaram peças importantes na trajetória dos atuais campeões do mundo, principalmente pelo “novo ar” que trouxeram ao quarteto Nobru, Fixa, Pires e Japa, que atuam juntos desde muito tempo. Eles, ao lado de Level Up, levantaram o troféu mais importante de suas carreiras no dia 30 de novembro de 2019, quando ganharam o mundo no Rio de Janeiro.

Depois de disputar todos os campeonatos internacionais que aconteceu de lá para cá, Pires admite que o time sentiu, mesmo que não tanto, o baque, mas confia que os seis times que representarão o Brasil na Gigantes Free Fire (GFF) farão um bom trabalho.

Ninguém fica feliz quando fica fora de campeonatos internacionais, todas as experiências que tivemos até agora foram incríveis e tenho certeza que os times que se classificaram vão sentir o mesmo ao representar o país. Porém a nossa ausência não afetou e também não pode nos afetar porque daqui a pouco já tem a próxima competição”, comentou.

Por ora, o próximo compromisso citado pelo campeão mundial é a terceira etapa da LBFF, anunciada pela Garena na última quarta-feira (22). Entre as principais novidades do campeonato, o maior a nível nacional, além da chegada das equipes promovidas da Série C, está a adição de Kalahari na rotação de mapas do competitivo.

Pelo mapa ser completamente novo nas competições e ser mais aberto que os demais (Bermuda e Purgatório), o meta competitivo com certeza vai mudar. É cedo para adivinhar como os times vão jogar, mas até a competição começar eu acho que as equipes já vão ter uma base”.

Divulgação/Garena

Black Dragons, paiN Gaming, RED Kalunga, INTZ, B4 e GOD Esports serão os primeiros times brasileiros a experimentar Kalahari no competitivo. O mapa fará a sua estreia na GFF, que acontece no dia primeiro de agosto, também com as seis equipes mais bem colocadas na Free Fire League, liga de maior expressão do servidor latino-americano.

Embora não acredite que a experiência vai agregar muita vantagem às equipes adversárias para a próxima etapa da Liga Brasileira, Pires reconhece que todo o cenário ganha com as primeiras impressões das seis representantes.

Estaremos treinando lado a lado com esses times, então o tempo de aprendizado (com relação a Kalahari) será mais ou menos o mesmo. É óbvio que a experiência que eles vão ter jogando em partidas reais (oficiais) têm um valor a mais, mas tudo vai depender de como cada time vai estudar o mapa”, completou.