Neste sábado (23) aconteceu o anúncio oficial da nova MiBR, que conta no elenco com os antigos jogadores de Counter-Strike da SK Gaming, incluindo os craques Gabriel 'Fallen' e Marcelo 'Coldzera'.

O retorno da lendária MiBR foi possível por meio da Immortals, organização que licenciou o nome da antiga equipe brasileira. A parceria promete trazer diversos benefícios aos atletas, como explicou o CEO da Immortals, Noah Whinston, em entrevista exclusiva ao The Enemy:

"Nós temos um campus em Los Angeles que é algo único entre as organizações de eSport. Em vez de viver em uma Gaming House eles vão ter um ambiente de trabalho mais profissional, com acesso a psicólogos, preparadores físicos, fisioterapeutas e nutricionistas, para garantir que eles estejam com boa saúde física e mental fora do jogo, além de estarem bem dentro dos servidores", explicou o executivo.

"Acreditamos que esse equilíbrio é muito importante, sem ele é bem difícil criar um time que seja constantemente competitivo. Toda essa estrutura será muito importante nesse início de jornada pela MiBR".

Inclusive, Whinston aproveitou para pontuar que a MiBR chega para brigar de frente com as principais organizações do cenário mundial, mas pede aos fãs um pouco de paciência para que os atletas completem o processo de transição para a nova equipe.

"O time está passando por uma transição difícil agora. Mudar o idioma com o qual eles se comunicam nunca é fácil, assim como integrar um jogador internacional ao elenco.

Mas como organização nós sempre nos preocupamos mais com os processos do que os resultados finais porque acreditamos que esses procedimentos acabam trazendo resultados no final.

Eles estão trabalhando duro e têm vontade, determinação e profissionalismo para jogar e acreditamos que vamos poder providenciar uma estrutura e recursos que vai facilitar a vida deles.

Esse elenco já ganhou campeonatos antes. Esses jogadores têm nível para serem campeões e certamente vão vencer torneios no futuro. Pedimos apenas um pouco de paciência enquanto atravessamos esse processo todo".

Ao menos, o executivo acredita que a nova tag dos ex-atletas da SK deve aproximá-los dos fãs brasileiros e até servir de incentivo.

"MiBR é uma marca tão ligada ao Brasil que acho que será bom lembrete aos jogadores da comunidade de fãs que eles representam e a quem eles devem muito.

Também acredito que estamos ajudando os jogadores com relação ao que eles querem para o futuro além de jogar. As maneiras como eles querem ajudar o cenário brasileiro e construir o futuro dos eSports no Brasil".

Finalmente, falando do cenário brasileiro, Whinston lamenta a situação das equipes nacionais, que geralmente precisam sair do Brasil para poder crescer, e que a nova MiBR também vem para ajudar a mudar essa situação.

"Acho uma vergonha que os melhores times brasileiros de Counter-Strike precisam sair do país para evoluir. A única maneira de mudar isso é desenvolvendo os talentos por aqui. Isso exige recursos, estrutura, foco e atenção e pretendemos trazer tudo isso para o cenário local".