A FURIA superou a Team Liquid nas quartas do IEM New York e avança no torneio. Os brasileiros levaram a melhor por dois mapas a um em partidas apertadíssimas, e agora avançam para enfrentar a Evil Geniuses na semifinal.

Confira o resumo da partida:

FURIA - Team Liquid
IEM New York
Mapas: Inferno (FURIA), Mirage (Liquid), Vertigo (Decider)

De maneira não muito convencional, a Liquid optou por começar do lado Terrorista no mapa adversário. A escolha parecia ter saído pela culatra nos primeiros rounds, quando a FURIA conseguiu vencer o primeiro forçado mesmo sendo derrotada no pistol. Os brasileiros colocaram quatro pontos em sequência mas foram rapidamente alcançados: Grim e Stewie2K estavam preparados para a agressividade brasileira, abrindo bombs com tranquilidade. Os Panteras tomaram a virada e só voltaram a pontuar com um ace de yuurih no bomb A. Embalados pelo jogador, os brasileiros trocaram de lados com a vantagem mínima de 8-7.

O segundo half teve tons parecidos: a FURIA venceu o pistol e garantiu a superioridade econômica nos rounds iniciais, mas sofreu com a AWP de NAF nas rodadas armadas. Inspiradíssimo, o jogador era quem segurava a maioria dos avanços da FURIA, que demorou a encontrar seu ritmo ofensivo. Depois de finalmente vencer uma rodada e quebrar a economia adversária, os Panteras ficaram mais confortáveis e chegaram ao match point, mas a Liquid não estava entregue. Em uma entrada telegrafada no bomb B, os americanos colocaram as MP9 para trabalhar e garantiram a prorrogação.

Os rounds extras viram a FURIA chegar a mais um match point após arT avançar na Banana e deixar os Terroristas em desvantagem. Infelizmente, ele não teve a mesma sorte no round seguinte, e a Liquid buscou a segunda prorrogação. Apático, o time brasileiro conseguiu apenas um ponto no segundo overtime, e não teve resposta para o CT passivo da Liquid: 22-19 para os americanos, que poderiam fechar o jogo em seu mapa de escolha.

A Mirage foi mais esperançosa para os brasileiros: começando novamente no lado defensivo, arT bagunçava o ataque ao avançar pelo caminho de rato, enquanto HEN1 se destacava demais ao pescar o L. Amassada, a Liquid respondeu apenas no fim do half, com EliGE aparecendo muito bem e quebrando a economia dos Panteras. 10-5 para os brasileiros na troca de lados.

Atrás no placar, a Liquid rapidamente correu atrás do prejuízo, realizando excelentes retakes do bomb A no pistol e no primeiro armado; o empate veio logo em seguida, com a AWP de NAF cantando mais uma vez. O jejum brasileiro finalmente acabou com um bom round de arT que empatou o jogo, mas a Liquid logo voltou à liderança com NAF brilhando novamente. O placar se igualou mais uma vez com um clutch de HEN1 que quebrou a economia adversária e abriu caminho para mais um ponto.

Infelizmente, KSCERATO perdeu um clutch difícil para NAF e os brasileiros cederam o 14º ponto em um massacre de Twistzz; o match point veio em um econômico dos Panteras, mas ainda havia jogo: VINI e HEN1 chamaram a responsabilidade e forçaram o overtime - Henrique, inclusive, chegou às 37 eliminações nos rounds regulamentares.

A prorrogação foi quase inteiramente brasileira: com arT bagunçando a defesa americana no Meio, o time virou para CT com 17-16 no placar. A AWP de HEN1 estava quentíssima, e ele venceu um clutch chave contra Grim e NAF para chegar ao 18º ponto. O mapa finalmente acabou em uma boa defesa do bomb A, com VINI e KSCERATO pegando as últimas eliminações: 42 eliminações de HEN1 e 19-16 para a FURIA, que força a Vertigo.

Os brasileiros começaram com tudo mais uma vez no terceiro mapa: avançando com muita velocidade, o time surpreendeu a Liquid e chegou a abrir 9-2 de vantagem, com os poucos rounds americanos vindo em clutches de Twistzz e Grim. EliGE finalmente acordou para o jogo, e iniciou uma incrível sequência dos americanos com um 4K. Com o momento ao seu lado, a Liquid virou para o posto Terrorista atrás por 9-6.

No que parecia ser um repeteco da Mirage, a FURIA cedeu o empate e a virada, ficando oito rounds sem pontuar. Finalmente, um clutch incrível de arT, que queimou Stewie2K e acertou um belo tiro de AWP, trouxe um respiro aos brasileiros. Depois disso, a Liquid encaixou dois rounds consecutivos, mas os Panteras responderam com um bom setup de duas AWPs, empatando novamente o placar.

Abalando a economia adversária, os brasileiros conseguiram passar à frente no placar e, dessa vez, administraram a liderança: os americanos esboçaram reação com um clutch de Twistzz, mas a FURIA fechou logo depois, em um ótimo round de yuurih. 16-13 para os semifinalistas.

Depois do IEM New York, o próximo desafio da FURIA é na BLAST Premier Fall Series, primeiro torneio a reunir equipes da América do Norte e Europa no mesmo servidor desde o início da pandemia. O time está no grupo de Astralis, G2 e MIBR, e começa sua caminhada em 26 de outubro.