Dragon Ball FighterZ é um dos games de luta que está dispensando apresentações. Durante a BGS 2017, este era um dos jogos que eu mais estava esperando para colocar as mãos. Afinal, depois de várias chances perdidas nos últimos meses com eventos e outros compromissos, eu finalmente consegui olhar de perto como está o desenvolvimento desse novíssimo título da Arc System Works.

A série Guilty Gear já tem anos de experiência aliada a uma legião de fãs fieis, e o estúdio está conseguindo misturar os elementos de sucesso dessa caminhada com algumas particularidades que vão ser bem interessantes para quem acompanha os games de luta e eSports — e até mesmo para quem não acompanha.

Para começar, os comandos se mostraram simples e fáceis de aprender. Na primeira partida, já é possível descobrir as primeiras magias e os primeiros combos com uma facilidade que beira o Street Fighter.

Socos, chutes e especiais se misturam em combinações acessíveis e rápidas. Não tive problemas para encontrar uma sequência simples de quatro golpes que conseguia arrancar boas porções de vida dos adversários. Isso mostra que não há muitas barreiras para os novatos nos games de luta se adequarem ao ritmo acelerado das brigas, ainda mais com mecânicas de "dash" derivadas de Guilty Gear.

É preciso reforçar que, entre muitos dos games de luta atuais, Dragon Ball FighterZ reúne vários aspectos que podem trazer facilmente jogadores novos para o cenário competitivo e disputar suas primeiras partidas de alto nível. A adaptação fiel ao universo Dragon Ball chama a atenção dos novatos, e em pouco tempo é capaz deles treinarem e executarem grandes combos que ultrapassam os 100 acertos. É algo bonito de se ver.

Tudo isso é somado ao fato de que Dragon Ball é um universo atrativo para todos os públicos e que está sendo adaptado fielmente com o trabalho original.

Para os atuais fãs de games de luta, FighterZ oferece uma ofensiva criativa por meio de assistências que lembram muito a série Marvel vs. Capcom. Até o momento, a diversidade de estratégias não saiu muito do básico: escolher Freeza é aposta em "zoning" territorial com pedras e forçando o combate à longa distância, enquanto Goku é mais equilibrado entre os dois diferentes estilos de combate.

E também há atrativos para os fãs "hardcores" que gostam de jogadas bonitas e capazes de virar a partida em poucos segundos — principalmente quando falamos de um sistema de "parry" capaz de retornar especiais poderosos para o próprio adversário. Risco alto, extrema habilidade e recompensa imensa... Já imaginou isso acontecendo na final de um campeonato?

Eu não duvido que, no EVO 2018, maior evento de games de luta no mundo, Dragon Ball FighterZ possa estar entre o primeiro e segundo com maior número de inscrições. Ele é um jogo chamativo para todos os tipos de fãs: seja você apaixonado por Street Fighter, Tekken, Marvel vs. Capcom, Killer Instinct ou mesmo um desapegado do mundo de lutas virtuais. Ele é capaz de unir todos esses perfis.

Tudo está caminhando para este ser um grande jogo de luta. Ele também pode se tornar um eSport divertido de aprender e assistir, mas o desenvolvimento do cenário profissional vai depender da própria Bandai Namco e dos fãs. Aí já é outra história, não é mesmo?