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As 3 surpresas e 3 os esnobados entre os indicados do Game Awards

De Celeste até a (falta de) Invictus Gaming

Por Victor Ferreira 13.11.2018 17H00

A organização do The Game Awards  divulgou nesta terça (13) a lista de indicados para a edição deste ano do chamado “Oscar dos Games” (por mais que o Josef Fares discorde)

Em geral, a lista seguiu um consenso esperado, com God of War e Red Dead Redemption 2 aparecendo em diversas categorias diferentes, além de presença forte de jogos como Marvel’s Spider-Man e Monster Hunter: World.

Ainda assim, a lista trouxe algumas surpresas positivas, e algumas decisões de se coçar a cabeça.

Confira abaixo as surpresas e os esnobados do The Game Awards 2018.

Surpresa: Celeste como Jogo do Ano

A categoria de Jogo do Ano trouxe uma série de nomes esperados, como Red Dead e God of War, mas também incluiu uma enorme surpresa: o jogo independente Celeste.

Desenvolvido pelo estúdio Matt Makes Games - com talento dos artistas brasileiros da Miniboss - o desafiador e cativante jogo de plataforma capturou a imaginação da crítica de games, ficando ombro a ombro com alguns dos títulos mais aclamados dos últimos tempos.

Além de Jogo do Ano, Celeste também concorre nas categorias Melhor Trilha Sonora/Música, Games for Impact e Melhor Jogo Independente.

Surpresa: Detroit com Melhor Narrativa e Direção

Como indicado por nosso review do jogo, Detroit: Become Human tem diversos problemas em sua estrutura, então vê-lo concorrer às categorias de Melhor Narrativa e Direção é um tanto esquisito.

Apesar de ser a narrativa mais coesa de David Cage no mundo dos games até agora, a história do game é cheia de furos e problemas narrativos. Já a direção de Cage parece não ter evoluído significativamente desde seus tempos de Indigo Prophecy e Heavy Rain.

Por outro lado, não há muito do que reclamar pela indicação de Bryan Dechart, que é um dos pontos altos do jogo como o androide Connor

Surpresa: Dead Cells e Mega Man 11 como Jogo de Ação

Nas primeiras edições, a categoria Jogo de Ação do The Game Awards era limitada a games de tiro. De uns anos para cá, porém, títulos de outros gêneros começaram a se impor entre os indicados.

Ano passado tivemos Cuphead e Ni-Oh, e agora temos Dead Cells, um jogo independente que mistura elementos de roguelike e metroidvania, e o retorno de Mega Man, concorrendo contra nomes como Destiny 2 e Call of Duty.

Esnobada: Dragon Ball FighterZ

De todos os jogos que entraram para a competição, talvez o mais subestimado tenha sido Dragon Ball FighterZ.

Apesar do sucesso de crítica e público, o game só acabou entrando para as categorias de Melhor Jogo de Luta e Melhor Momento dos eSports, com a reviravolta de SonicFox contra Go1 no torneio da EVO.

Talvez seria esperar demais ele aparecer em Jogo do Ano, mas é no mínimo estranho não vê-lo em Melhor Direção de Arte ou Melhor Multiplayer

Esnobada: Invictus Gaming

A categoria de Melhor Equipe de eSports traz duas equipes de League of Legends: Cloud9 e Fnatic.

Nenhuma delas ganhou o campeonato mundial.

Aliás, a grande vencedora, a Invictus Gaming, dominou a Fnatic durante a grande final do torneio, ganhando por 3 a 0. Então é bem estranho que a equipe chinesa não esteja entre as melhores equipes de eSports do ano.

Esnobado: Rookie (Invictus Gaming)

Relacionado ao tema anterior, o sul-coreano Song "Rookie" Eui-jin teve uma performance memorável durante a final do Mundial de LoL, sendo imprescindível para a vitória tão imponente da Invictus.

Por isso, é uma pena que ele tenha ficado de fora da lista de melhores atletas do ano.