Xiaomi volta ao Brasil com Mi 9, RedMi Note 7 e dispositivos inteligentes

Empresa retorna ao país em parceria com a DL Eletrônicos

Por Rafael Romer 21.05.2019 19H00

A Xiaomi está de volta ao Brasil. Após meses de antecipação, a fabricante chinesa confirmou na tarde deste terça-feira (21) o seu retorno oficial ao mercado nacional - desta vez, através de uma parceria com a brasileira DL Eletrônicos.

Em sua segunda vinda ao país, a Xiaomi deverá apostar em uma série de adaptações de seus produtos para o mercado brasileiro, incluindo mudanças na MiUI - interface customizada do Android criada pela fabricante - e versões nacionais dos smartphones.

"Isso é um dos pilares que faz com que esse projeto comece a montar uma base aqui no Brasil", explicou Luciano Barbosa, líder da Xiaomi no Brasil, no evento de apresentação da marca.

Mi 9 & RedMi Note 7

O destaque do (re)lançamento da marca fica por conta do Mi 9, novo flagship da companhia que embarca um display Super AMOLED de 6,39 polegadas e "notch" em formato de gota.

Por baixo do capô, o Mi 9 chega na versão que carrega o processador Qualcomm Snapdragon 855, 6 GB de RAM e 64 GB de armazenamento. O dispositivo também conta com duas câmeras grande angulares, de 48 megapixels e 16 megapixels, e uma teleobjetiva, de 12 megapixels. O Mi 9 chega ao Brasil com valor a partir de R$ 3.999,00.

Já o dispositivo intermediário da companhia, RedMi Note 7, traz display de 6,3 polegadas, notch frontal, processador Snapdragon 660 e bateria de 4.000 mAh.

Na parte de trás há uma câmera primária de 48 megapixels e uma lente secundária de 5 megapixels. RedMi Note 7 chega ao país nas cores azul e preto a partir de R$ 1.699,00.

Portifólio completo

Além dos dois smartphones, a companhia planeja trazer um ecossistema amplo de produtos inteligentes ao país - incluindo a pulseira inteligente Mi Band 3, Mi Smart Sensor Set e a lâmpada de cabeceira Mi Bedside Lamp. O patinete elétrico Mi Electric Scooter, produto da categoria mais vendido do mundo, também desembarcará no país.

A ideia é também trabalhar com mais smartphones da companhia, como RedMi Go, RedMi Note 6 Pro, RedMi 7, Mi 8 Lite e Pocophone F1. Detalhes sobre os preços e lançamento de cada um deles não foram divulgaods.

Todos os produtos estarão disponíveis através do e-commerce oficial da empresa, de parceiros varejistas, como Ricardo Eletro, Magazine Luiza e Pernambucanas, e em um ponto de vendas físico da empresa - localizado no Shopping Ibirapuera, em São Paulo.

A empresa começará a vender seus produtos no país no dia 01 de junho.

Retorno indireto

Diferente da primeira tentativa da empresa no Brasil, a nova investida da Xiaomi será feita de forma indireta. A DL ficará responsável por toda a operacionalização dos produtos da Xiaomi no país, incluindo o processo de homologação de produtos, suporte técnico e pós-venda.

Vale lembrar que os únicos produtos da Xiaomi que receberão suporte por parte da DL serão aqueles comprados através dos canais oficiais brasileiros - não modelos importados a partir de market places terceiros que vendem os dispositivos da Xiaomi no país.

No passado, o Brasil já fez parte de um processo da internacionalização da Xiaomi, que levou a companhia aos atuais 82 países em que opera atualmente.

A companhia, no entanto, sofreu para se adaptar às peculiaridades do mercado de smartphones do país não conseguiu ganhar a tração esperada. Um dos principais problemas de empresa foi a decisão de optar por um modelo de distribuição direto baseado nos "eventos de venda" online - um formato de sucesso no mercado chinês, mas que não pegou no Brasil, onde a maior parte das vendas ainda acontece no varejo físico.

Menos de um ano após o início de suas atividades oficiais no Brasil, a companhia começou a "apagar" sua operação por aqui, mesmo após a tentativa de ganhar espaço com vendas junto a varejistas locais.