Governo dos Estados Unidos quer combater tiroteio em escolas com simulador em VR

Projeto usa realidade virtual para preparar profissionais para situações de risco na vida real

Por Rafael Romer 05.01.2018 19H52

Problema crônico nos Estados Unidos, tiroteios em escolas poderão ser combatidos no país através do uso de realidade virtual.

Parte da iniciativa EDGE, o projeto financiado pelo Exército dos Estados Unidos e pelo Departamento de Segurança Interno tem como objetivo preparar profissionais para situações críticas na vida real, usando um simulador que coloca o jogador no papel de diferentes adultos durante um tiroteio em uma escola.

Reprodução/Cole Engineering Services

A ideia é que o simulador seja utilizado para treinar policiais, bombeiros e professores para a reação durante esse tipo de incidente, minimizando riscos para os estudantes e profissionais envolvidos.

"Quanto mais experiência você tem, melhores são suas chances de sobrevivência", afirmou Tamara Griffith, engenheira-chefe da iniciativa, em entrevista ao Gizmodo. "Professores não se colocam em uma posição em que esperam ter balas voando ao seu redor. Infelizmente, é algo que está se tornando uma realidade. Então queremos dar uma chance para que eles entendam quais opções estão disponíveis em uma situação assim".

Para construir a simulação, os desenvolvedores ouviram os áudios de socorristas que responderam aos tiroteios de Sandy Hook e Virgina Tech, incorporando elementos dos episódios ao jogo. Entre as práticas ensinadas, está a construção de barreiras para isolar o atirador e o costume de sempre trancar portas ao se locomover pelo ambiente.

Com investimento de US$ 5,6 milhões, o simulador em realidade virtual já está sendo usado por bombeiros e polícias, mas deve chegar ainda este ano para profissionais da educação. O simulador não será lançado para o público geral.