Facebook é alvo de ações judiciais antitruste nos Estados Unidos
Ação pede que compras do Instagram e WhatsApp sejam revertidas
O Facebook se tornou alvo de duas ações judiciais antitruste diferentes nesta quarta-feira (09) movidas, respectivamente, pela Comissão Federal de Comércio (FTC) e por um grupo de procuradores estaduais dos Estados Unidos.
Ambas questionam as supostas condutas anticompetitivas da empresa, que é acusada de usar seu poder e alcance para minar competidores através da aquisição de empresas menores.
“Por quase uma década, o Facebook usou seu domínio e poder de monopólio para esmagar rivais menores e eliminar a concorrência”, afirmou Letitia James, procuradora geral de Nova Iorque, nesta quarta (via The Verge).
“O Facebook usou grandes quantias de dinheiro para adquirir rivais em potencial antes que eles pudessem ameaçar o domínio da empresa", continuou.
Em sua própria ação, a FTC cita nominalmente as aquisições do Instagram e WhatsApp como exemplos dessa prática, e pede que as duas companhias voltem a ser independentes.
Em uma nota, Ian Conne, diretor do departamento de competição da FTC, afirmou que a comissão tem o objetivo de "reverter a conduta anticompetitiva do Facebook" para que a "inovação e a livre competição possam prosperar".
Em uma nota publicada no Twitter, o Facebook afirmou que está revisando as ações e que ainda se posicionará sobre o tema, mas se defende afirmando que ambas aquisições foram aprovadas por agências reguladoras no passado.
"Anos depois que a FTC liberou nossas aquisições, o governo agora quer uma reformulação sem levar em conta o impacto que o precedente que teria na comunidade empresarial ou nas pessoas que escolhem nossos produtos todos os dias”, escreveu a empresa.
