Felix "PewDiePie" Kjellberg está no meio de mais uma polêmica envolvendo racismo. No último domingo (10), o maior youtuber do mundo xingou outro jogador de "nigger", um termo ofensivo em inglês usado contra negros, durante uma transmissão de PlayerUnknown's Battlegrounds.

A transmissão, que você confere clicando aqui, mostra o youtuber xingando outro jogador e, logo em seguida, pedindo desculpas e xingando o jogador com outro palavrão.

O clipe circulou pelas mídias sociais rapidamente e gerou uma reação forte de Sean Vanaman, diretor de Firewatch, que iniciou um boicote de sua desenvolvedora, a Campo Santo, a qualquer vídeo que PewDiePie tenha feito (ou venha a fazer) sobre os jogos da desenvolvedora.

No Twitter, Vanaman afirmou ter pedido uma remoção de vídeos de Firewatch do canal de PewDiePie, por meio de reclamação de direitos autorais, seguida de duras palavras contra o youtuber. "Estou cansado dessa criança ter mais e mais chances de ganhar dinheiro em cima do que produzimos", escreveu. "Ele é pior do que um racista dentro do armário; ele propaga lixo deplorável que causa danos sérios à cultura ao redor dessa indústria."

Em seguida, Vanaman pediu que outras desenvolvedoras também boicotem PewDiePie, não permitindo que ele faça vídeos com seus jogos. "Vou entrar em contato com desenvolvedores maiores do que eu para pedir que eles cortem (PewDiePie) do conteúdo que o fez um milionário".

Maior youtuber do mundo, com 57 milhões de inscritos, PewDiePie é uma das pessoas mais influentes na comunidade de jogadores, ao ponto de certos jogos terem feito sucesso a partir de vídeos em seu canal. O vídeo do youtuber sobre Firewatch, por exemplo, tinha 5,7 milhões de visualizações antes de ser retirado do ar.

Essa não é a primeira vez em que PewDiePie se envolve com polêmicas sobre conteúdo racista. Em fevereiro, o youtuber publicou um vídeo com teor antissemita no qual dois jovens mostravam um cartaz com a frase "morte a todos os judeus". O vídeo levou a Disney e o YouTube a cortar laços com PewDiePie  - o sueco tinha uma série no YouTube Red, o serviço premium de vídeos da plataforma.