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Life is Strange: Uma abertura simplesmente inesquecível

O dia em que conhecemos Max Caulfield

Por Diego Lima 08.09.2021 14H51

Desde o primeiro jogo, lançado em 2015, Life is Strange se transformou em algo muito maior do que grande parte dos jogadores poderia imaginar na época em que o primeiro game chegou ao mercado. Incluindo os não tão longos Before the Storm e Captain Spirit, a série já possui quatro jogos — e todos são dignos da atenção dos fãs.

Escolhas de partir o coração. Finais trágicos. Tristeza. Super poderes. Pausas para reflexão e contemplação. Ótimas músicas. Todos esses elementos se tornaram algo que jogadores já esperam nos games da franquia. E, felizmente, é o que sempre recebemos, embora cada título tenha a própria maneira de lidar com tudo isso.

Com o lançamento iminente de Life is Strange: True Colors, que chega em 10 de setembro, é provável que alguns fãs tenham se lembrado dos momentos favoritos que tiveram com a franquia. Aconteceu comigo, pelo menos.

Lá no primeiro Life is Strange, tudo começa de maneira muito tranquila. Max Caulfield está na sala de aula aprendendo sobre fotografia, até que tira uma foto de si mesma por acidente. Isso chama a atenção dos alunos e do professor, eles conversam brevemente e vida que segue.

Ali, somos apresentados a alguns dos principais coadjuvantes dessa história que marcou a vida de pessoas no mundo inteiro. As observações de Max sobre os demais nos dão alguma ideia do que esperar da relação dela com cada pessoa.

Passada essa breve introdução, que seria mostrada novamente no jogo mais tarde, Max e os outros alunos são dispensados. Lá fora, ela decide ir até o banheiro para ficar um tempo sozinha — mas não sem antes colocar fones de ouvido e escolher uma música. É aí que a magia acontece.

Se você nunca ouviu "To All of You" (considerando que está lendo este texto, é bastante improvável), ouça assim que puder. Trata-se de uma música da banda francesa Syd Matters, responsável também por outra faixa ainda mais conhecida do primeiro Life is Strange: "Obstacles". É excelente.

No entanto, o objetivo aqui não é exaltar, aleatoriamente, boas músicas de uma banda, não. A magia da abertura de Life is Strange está em quão simples e realista é o início da jornada de Max. Perdi a conta de quantas vezes segui exatamente os mesmos passos de Max: a aula acaba, coloco o fone, saio andando por aí, faço comentários internos a respeito de todos que aparecem e fico ali tranquilo.

Max andando pelo corredor com a música de fundo, tocando no volume certo para que seja possível ouvir tanto a letra quanto os pensamentos da protagonista sobre os colegas, é uma experiência que nos transporta imediatamente para os tempos de escola. Aquela época em que a vida era muito mais fácil e podíamos nos preocupar apenas com o que queríamos fazer. Menos responsabilidades, ambições simples, ter tempo para sentir tudo o que devíamos sentir.

Há muito drama no primeiro Life is Strange, sem dúvida alguma. Não estamos falando de uma daquelas histórias fantasiosas em que a vida de todos os adolescentes é perfeita, longe disso. Bom, é exatamente por isso que gostamos do jogo, certo? Mas aquela introdução, tão tranquila e pacífica, jamais deixará minha memória. E tenho certeza de que há mais jogadores que se identifiquem com isso.

O próximo jogo da franquia está chegando. Life is Strange: True Colors será lançado em 10 de setembro para PS5, Xbox Series, PS4, Xbox One, Nintendo Switch e PC. Protagonizado por Alex Chen, uma menina com o dom da "super empatia", o título promete uma experiência à altura do que já vivemos. Espero que seja o caso.