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"Fake news" se propagam mais fácil que verdade no Twitter, diz estudo

Mentiras se espalham mais rápido que fatos, segundo o MIT

Por Victor Ferreira 13.03.2018 09H37

Nos últimos anos, as chamadas “fake news” - notícias falsas propagadas na internet para enganar um determinado público - tem sido fonte de preocupação cada vez maior para a população, por seus efeitos nas esferas políticas e socioeconômicas.

Mostrando que estas preocupações são fundamentadas, um estudo feito por três pesquisadores do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) publicada na revista Science indica que notícias falsas se propagam muito mais e com mais facilidade do que fatos reais no Twitter.

A pesquisa utilizou cerca de 126 mil rumores e histórias (reais e falsas) divulgados na rede social entre 2016 e 2017, que alcançaram um número estimado de 3 milhões de usuários. Em geral, as notas falsas alcançaram um número entre 1 mil e 100 mil pessoas, enquanto fatos verídicos raramente chegavam a mais de mil pessoas.

“Falsidades se difundiram significativamente com mais distância, rapidez, profundidade que a verdade em todas as categorias de informação, e seus efeitos foram mais pronunciados de notícias políticas falsas do que em relação a terrorismo, desastres naturais, ciência, lendas urbanas ou dados financeiros.”

Curiosamente, o estudo também indica que bots e contas automatizadas tem o mesmo desempenho ao espalhar tanto notícias verdadeiras quanto falsas, o que indica que o fator humano é a principal causa da propagação das fake news.

“Concluímos que notícias falsas são mais curiosas que notícias reais, o que sugere que pessoas teriam mais interesse em divulgar informações curiosas”, diz o resumo do estudo.

A pesquisa completa pode ser conferida por aqui.